Vanessa
foi até o quarto pra pegar o celular e saiu logo em seguida fechando bem a
porta. Zac não precisava ouvir nada. Discou os números no residencial e ouviu
chamar. "Que não atendam, que tenham saído."
-Residência
de Louise Crawford. –Uma voz feminina atendeu educadamente.
-Ahn,
olá. –Vanessa disse sem saber se desejava boa tarde ou boa noite. Não
sabia a diferença de horas entre Los Angels e o Texas. –Gostaria de falar
com a mademoiselle Louise, por favor.
-A
senhora Louise não está recebendo ligações no momento.
-Mas foi
a pedido dela que liguei.
-Quem
deseja?
-Vanessa
Hudgens.
-Não, ela
não pode atender. Vou desligar, a linha precisa ser liberada pois a senhora
Louise espera uma ligação.
-Sou a
esposa do neto dela, Chace Crawford. –Ela disse suspirando. –Sou
Vanessa Hudgens Crawford.
-Senhora
Vanessa Crawford, porquê não disse logo? –A moça suspirou. –A senhora
Louise espera a sua ligação há horas. Sou Grace, a empregada. Vou avisar que a
senhora está na linha, um minuto. –Grace disse e Vanessa notou um tom de
alívio em sua voz. Com certeza a mademoiselle estava infernal.
Porquê
ela estava ligando mesmo? Não era da conta de ninguém se ela estava se
separando. "Deixe de ser egoísta, Vanessa. Ela é a única que te trata
bem nessa família e precisa de explicações."
-Vanessa,
é você mesma? –Louise atendeu um tanto eufórica, fazendo-a sorrir.
-Sim,
mademoiselle Louise, sou eu. Desculpe a demora, acabei cochilando.
-Chace me
falou que você estava com dores, então, eu perdoo. Falando nisso, como você
está? O que aquele cabeça de vento aprontou? Sempre soube que você era boa
demais para ele. Dana não sabe criar nem mesmo um peixe. –Resmungou da
nora e Vanessa se sentiu incomodada. Não gostava da sogra, mas também não
queria falar mal dela. Não queria se igualar.
-Estou
bem, tudo está bem. Estamos tendo problemas, como sempre, mas não se preocupe,
já estamos resolvendo isso.
-Não
acredito! –Disparou. –Eu sempre te tratei bem, por isso, tenha a
decência de me falar a verdade.
-Senhora...
-Senhora
sua mãe ou sua avó.
-Mademoiselle,
por favor. Você sabe que não pode se estressar. Chace me contou do incidente.
-Foi um
desmaio bobo, já estou bem, e não mude de assunto. Vocês estão se separando,
não é? Porquê? E não me venha com desculpas, eu sei que é grave. Conheço meu
neto e ele praticamente chorou no telefone quando falei de você. Me conte o que
houve e eu prometo que deixarei ele vivo na próxima visita.
-Mademoiselle,
eu não quero falar sobre isso. Me sinto impotente, e acredite, já estamos
resolvendo tudo.
-A
distância? Eu te conheço bem demais, Vanessa. Se você deixou a casa foi por que
não suporta mais a situação.
-Não é
verdade. Eu vim pra visitar a minha família e ele veio logo depois.
-Mas ele
voltou pra Índia e você não.
-Eu
decidi passar as festividades com os meus pais.
-E porquê
ainda não voltou pra lá?
-Ele vai
voltar, então, não vejo razão para isso.
-Não
minta!
-Eu tenho
trabalho pra fazer aqui e ele lá, mas ele já está programando a volta.
-Então
ele te trocou pelo trabalho? Foi isso, não foi? E o seu aniversário?
-Passamos
a data juntos e logo ele viajou.
-Quão
logo?
-No meio
da festa. –Disse desistindo de esconder a situação. Ela não tinha feito
nada de errado, e sim ele. Mesmo que Louise espalhasse pra família,
a culpa não era dela.
-E você
ainda está casada com ele? Eu já teria pedido o divórcio.
-Estou
cuidando disso. –Falou e logo se arrependeu. Caíra na armadilha e contou
algo que nem mesmo Chace sabia. A mademoiselle tinha que ficar calada, mas
como? –Por favor, não conte a ninguém. Ele não sabe disso ainda e não
quero nenhum escândalo.
-Você
está falando sério? Vai mesmo se divorciar do meu neto?
-Eu
pretendo, mas não quero anunciar pelo telefone. Vamos ter uma conversa assim
que ele voltar e eu vou explicar minha situação. Nossa relação esfriou e não
vejo nada no momento que mudaria isso.
-Um filho
muda muita coisa.
-Mas não
vai acontecer. Não vou colocar nas costas de uma criança uma responsabilidade
que não é dela. –Disse firme e escutou um suspiro. –Eu ainda estou
pensando seriamente no assunto, mademoiselle Louise. Sei do que Chace abriu mão
por conta do nosso casamento e não quero ser injusta com ele, mas eu também sei
que ele está sofrendo. Se ele me convencer que de algum modo será diferente, eu
posso repensar no assunto, mas agora, não vejo nenhuma luz.
-Como
você se sente sobre isso? Acha que ficaria melhor sem ele?
-Já estou
sem ele. Pedi um tempo e raramente nos falamos. Eu preciso colocar minha cabeça
no lugar e a presença dele é sufocante. Eu o amo, não posso negar, mas não sei
se o meu amor é forte o suficiente para aguentar tudo isso que venho passando.
Por mais que eu sinta falta dele, estou tão bem sozinha. Me sinto livre,
independente, feliz. Eu quero ser feliz, só isso.
-E se
vocês se separarem, como seria? –V respirou fundo. Sabia que ela falava do
dinheiro.
-Entrei
sem nada nessa relação, vou sair do mesmo modo. Não quero nada porque ia
parecer que ele estava me pagando pelo tempo que estivemos juntos.
-Nem suas
roupas ou joias?
-Eu
tentaria convencê-lo a guardar para dar para a próxima, não sei. Se ele
insistisse, eu venderia e doaria o dinheiro para algum hospital. Eu não quero
nada dele, por mais que a lei diga que eu tenho direito.
-Você tem
certeza disso?
-Eu só
quero ser feliz e não consegui muita coisa nesses três anos. –Disse
ouvindo a porta do quarto abrir, mas não se virou. –Pode parecer estranho,
mas me sinto mais feliz nessas ultimas semanas do que alguma vez já estive
antes.
-Você tem
outro, não é? –Vanessa gelou e sentiu o mundo parar. –Não negue, ouvi
a porta abrir ao fundo e pelo seu silêncio, sei que acertei.
-Mademoiselle... –Falou
tremula.
-Não me
incomodo com isso, na verdade, meu neto merece. Parece que é de lei os
Crawford's traírem.
-A
senhora é uma legítima.
-Sim, mas
nunca fiz isso. Meu marido, que arde no inferno, sim, e com tantas que eu até
perdi a conta. Meus três filhos também e agora... Só acho estranho você fazer
isso. Sempre me pareceu uma boa pessoa.
-Ele é
meu ex. –Confessou com os olhos marejados e sentiu Zac se
aproximar. –Eu te contei que tinha me casado gostando de outro, e que
mesmo amando o Chace, ainda o amava. –Fungou. –O sentimento nunca
morreu e nos reencontramos. Enchi a cara e aconteceu. Eu ainda não me separei
por ele que fica me pedindo pra ir com calma mesmo não
aprovando nossa relação.
-Se ele
não aprova, porquê aceita?
-Eu
insisti e nossos amigos também. Eles tem raiva do Chace por ter me deixado no
meio da festa na frente de todos por conta de um maldito negócio. Eu realmente
queria fazer as coisas direito, mas o álcool...
-Há
quanto tempo?
-Três
semanas. –Disse chorando. –Eu amo os dois, eu juro.
-Você tem
um coração muito grande.
-Mademoiselle...
-Não se
preocupe, eu já disse que meu neto merece. Mas tome cuidado, Vanessa. Chace é
muito impulsivo e pode matar vocês dois caso descubra.
-Eu sei e
é por isso que estou cuidando de tudo. Já tenho quase toda a papelada do
divórcio pronta, mas vou deixar ele falar o que pensa e depois, dependendo da
reação dele, aviso que já tenho outro. Se ele for muito bruto, como eu espero
que seja, só vou avisar que quero a separação e darei a entrada. Só não quero fazer
isso pelo telefone, é errado. Ele merece uma conversa olho no olho, se bem que
ele já desconfia da minha decisão.
-Então
você já está decidida?
-Sim,
e dificilmente mudarei de ideia.
-Eu não
vou falar nada, não se preocupe. Só falarei que você me disse que eram
problemas bobos de casal, mas que já estava pensando na solução e que em breve
todos teremos notícias de vocês.
-Por
favor, não fale nada mais do que isso. Vou falar o mesmo.
-Tome
cuidado, Vanessa. Você conhece o marido que tem, não é? Não confie no amor que
ele sente, por que isso pode se tornar em ódio em dois segundos.
-Eu sei e
isso me atormenta. Não quero que ele faça nada de que possa se arrepender
depois. –Disse olhando pela primeira vez pra Zac. –Eu amo os dois,
mas cheguei na fase final com Chace. Quero continuar o que deixei a anos atrás.
-Você tem
certeza do amor desse rapaz?
-Sim.
-E sabe
porquê ele te deixou?
-Ainda
não.
-Então
não fale nada para o Chace até descobrir. As pessoas mudam, Vanessa. O seu
príncipe encantado pode se transformar num sapo e a fera pode voltar a ser
príncipe. Você sabe que ele era bom, mas é mal dos homens se acomodarem com o
tempo. Todos são assim, não se iluda pensando que com esse aí vai ser diferente.
-Eu sei e
não pense que coloco a culpa toda no Chace. Também errei ao longo desses anos
dando total autoridade à ele sem nunca expor minhas vontades. É por isso que
vou lhe dar a chance de falar, mesmo estando decidida.
-Cuidado,
muito cuidado. Não abra mão do meu neto sem descobrir tudo.
-Você
acha que isso me fará mudar de ideia?
-Não sei,
mas é bom saber onde está se metendo. –Suspirou. –Você está realmente
bem?
-Sim, não
se preocupe. Vá descansar, prometo que qualquer coisa lhe aviso.
-Estarei
esperando. Boa noite, querida.
-Boa
noite, mademoiselle Louise. –V disse desligando e logo se jogou nos braços
de Zac. –Ela sabe se tudo. –Falou chorando descontrolada.
-Porquê
você contou? –Z perguntou calmamente.
-Ela é
esperta e persuasiva e ouviu a porta abrir.
-E você
confirmou?
-Eu
precisava. Ela espalharia por toda a família e Chace estaria aqui em dois
segundos querendo nos matar. –Disse se afastado nervosa. –Não quero
que nada de ruim te aconteça.
-Como
você sabe que ela não vai contar?
-Eu a
conheço. Ela é daquelas que prefere uma verdade que doa do que uma mentira que
acaricie, e de qualquer forma, todos iriam acabar sabendo. Mas eu tenho
medo. –Disse o abraçando novamente. –E se ele tiver grampeado a
linha? Meu Deus, como eu não pensei nisso antes? –Se afastou mais uma vez
e Zac viu que ela estava quase tendo um ataque de nervos.
-Acalme-se,
não vai acontecer nada. –A puxou para um abraço, mas ela se
debatia. –Meu amor, se acalme, por favor. Nós já falamos sobre isso
diversas vezes pelo telefone. Se Chace tivesse grampeado, já teria explodido.
-E se for
um truque?
-Ele é
impulsivo demais pra se controlar. Não se preocupe, ficaremos bem. Os
dois. –Ela finalmente pareceu concordar e se acalmou nos braços
dele. –Você não precisa temer, eu vou te proteger.
-E
quem protege você? –Ele mal pode ouvir a pergunta, pois alguém batia
na porta.
-Eu sei
me cuidar. –Ele disse a deixando no sofá e Vanessa logo abraçou o próprio
corpo. –Eu vou atender a porta, ok? –Ela apenas balançou a cabeça
concordando e ele respirou fundo. "Que seja boa notícia" ele
pensou rodando a maçaneta. –Olá, senhor Rodrigues. –Sorriu para o
porteiro. –Aconteceu alguma coisa?
-Encomenda
para a senhora Crawford. –Ele respondeu e Zac notou o embrulho que ele
trazia consigo. –Preciso entregar nas mãos dela.
-Ela não
está em condições no momento, mas eu posso entregar.
-Eu
preciso entregar pra ela! –Disse frio e Zac já sabia de quem deveria ser.
-Tudo
bem, entre então. –Disse dando passagem. –Baby, o senhor Rodrigues
tem uma encomenda pra você.
-Não,
não, não, não. –Ela disse se afastando e voltando a chorar. –Sai
daqui, eu não gosto de você. Você faz o que ele quer e eu... –Falou
nervosa. –Sai daqui!
-Ela
está tendo um ataque de pânico e como pode ver, o motivo é o marido. –Z
disse baixo para somente ele escutar. –Ele não vai te fazer mal, não se
preocupe. –Z disse se aproximado dela, que se afastou. –Baby, sou eu:
Zac, seu melhor amigo. Você confia em mim, não é?
-Você
parece com ele.
-Mas não
sou igual, você sabe.
-Os dois
me deixaram!
-Vanessa,
por favor, se acalma. –Z disse nervoso. No início achou que fosse apenas
um jogo para o porteiro se retirar, mas agora percebia a gravidade. Ela
realmente estava no meio de uma crise. –Quer que eu ligue pra Ashley vim
aqui?
-Sim, por
favor. Mas tira ele daqui, não quero vê-lo. Não quero que ele me
veja. –Chorou se encolhendo.
-Tudo
bem, ele já vai sair. –Se aproximou devagar e dessa vez ela não recusou o
abraço. –Quer dar uma volta? Seria melhor se fossemos na casa da Ashley,
não acha? Assim passeamos um pouco.
-Sim,
por favor.
-Vai
trocar de roupa, eu te espero aqui, mas por favor, não tranca a porta,
ok? –Ele pediu olhando nos olhos dela.
-Tudo
bem.
-É sério.
Se você trancar a porta, serei obrigado a arrombar, e você não quer que eu faça
isso, não é?
-Me
promete que não vai sair daqui.
-Não vou
sair sem você, eu prometo. Agora põem uma roupa bem bonita e lava esse rostinho
e nós sairemos pra casa da Ashley e ficaremos até o jantar,
combinado? –Ela apenas concordou com a cabeça e entrou dentro do
quarto. –O senhor pode deixar a encomenda aí e eu vou vê se ela abre na
volta.
-Ele sabe
disso? –O senhor Rodrigues perguntou preocupado.
-Não, e
seria melhor se fosse assim. Chace já tem seus problemas, e bem, ele não
poderia fazer nada a respeito.
-Ele
poderia voltar.
-Ela tem
medo de que ele volte e a leve para a Índia a força. Estamos tentando
distraí-la, mas como vê, nem sempre funciona.
-Eu vou
precisar informá-lo sobre o que vi.
-Eu
imaginei. O senhor poderia dar um recado meu à ele? –O porteiro o olhou
desconfiado. –Só quero que ele me ligue depois do senhor contar sobre o
ataque. Preciso contar o que está acontecendo realmente.
-Mas eu
posso contar, é só o senhor me dizer.
-Não, eu
que tenho que fazer isso. –Disse firme. –Por favor, não deixe que ele
ligue para ela, só vai piorar as coisas.
-Eu vou
tentar, o senhor sabe como ele é.
-A
Vanessa já deve está terminando, então...
-Já estou
de saída. –O senhor Rodrigues disse colocando o pacote no balcão da
cozinha e de seguida indo até a porta. –Fique sabendo que estou de olho em
vocês dois.
-O que é
bom já que posso precisar de ajuda.
-Sei. –O
porteiro riu zombeteiro e saiu.
[...]
-Eu te
disse, Zac. –Ashley disse jogando a almofada nele.
-Eu não
fiz por mal, e na verdade, a culpa nem foi minha. Ela contou para a patriarca
dos Crawford's por vontade própria. –Ele disse se defendendo. –Eu mesmo não
entendi o porque.
-Ela
precisa desabafar.
-Que vá
ao psicólogo.
-Você
entendeu.
-Você
também. –Bufou. –A culpa não é minha, Ashley. Eu só quero ajudá-la. Se ela não
aguenta a pressão, então nós podemos...
-Nem
pense em completar essa frase. Se você a deixar, ela enlouquece de vez!
-Seria
por pouco tempo, só até ela se resolver.
-No
instante que você sair do caminho, ele vai entrar com tudo. Não seja estúpido,
lute por ela.
-Estou
lutando, mas não está sendo fácil.
-O Alex
me falou de uma viagem de negócios de vocês dois. Você pretende levá-la?
-Ainda
não conversei com ela sobre isso e eu nem tenho a data da viagem ainda. Eu
gostaria muito que ela fosse comigo, mas o Chace está vindo para resolver as
coisas e bem, ela precisa estar aqui.
-Eu fico
imaginando como será a conversa dos dois.
-Eu tenho
medo por ela. –Confessou.
-Ela me
disse que ele mudou; está mais calmo e controlado.
-Duvido
muito. Chace Crawford precisaria de um tratamento de choque para mudar, e olhe
lá. Aquele ali já tem a cabeça formada, Ashley. Deve ser um truque: como ele
deve imaginar que ela quer o divórcio, está se redimindo.
-Ele não
me pareceu arrependido, só diferente. Eu não sei explicar, mas acho que é
verdadeiro.
-Seria
bom se fosse.
-Será que
tem volta?
-Eu não
quero pensar nisso, mas se ela quiser ele, ela vai ouvir.
-Você
contaria? Tudo?
-Ela
precisa saber com quem está lidando. Há três anos o meu erro foi deixá-la ir e
não falar nada, mas dessa vez vai ser diferente.
-E como
você acha que ela reagiria? Trocaria os dois?
-Eu não
sei. Acredito que ela fique com raiva de mim por não ter dito antes, mas que
depois me perdoe. Já ele pensa diferente.
-Como você
sabe? O que você anda me escondendo, Efron?
-Naquele
dia do desaparecimento dele nós conversamos e ele me disse que se eu planejasse
contar alguma coisa, eu que sairia perdendo. Ele me parecia bem seguro, como se
tivesse uma carta na manga.
-Será que
ele tem alguma coisa que te incrimine?
-Como o
que?
-Sei lá,
ele é doido. –Riu.
-Ele é
esperto, isso sim, e persistente também. Não vai desistir tão facilmente.
-Acha que
ele cumpriria o que prometeu?
-Não sei,
eu não o conheço, não sei do que ele é capaz. Só sei que preciso tomar cuidado:
a Vanessa tem medo dele e ela é a esposa.
-Ele é
bem assustador as vezes. Sei lá, ele me confunde. Parece uma boa pessoa e
depois age como um louco. Só pode ser bipolar.
-Ele é
esperto, eu já disse.
-Tome
cuidado.
-Eu vou tomar,
e é melhor você se cuidar também. Quem garante que ele não corra atrás de você?
-Deus me
livre e guarde. –Se benzeu. –De psicopata já me basta o Scott.
-Ele deu
as caras de novo?
-Não
diretamente, mas fica me perseguindo, acredita?
-Você
sabe o que ele quer?
-O anel
de noivado, mas eu não vou devolver. Ele me deu e presente dado não é cobrado.
-Pra que
você quer esse anel, afinal?
-É uma
bela joia, mas eu não vou usar, não se preocupe. Ele continua guardado no fundo
da minha gaveta e vai ficar lá por muitos anos. Se ele quiser presentear a
outra, que compre outro.
-Você é
doida. –Eles riram.
-Quanta
animação. –V disse descendo as escadas.
-Acordou
bela adormecida?
-Não,
estou sonâmbula. –Disse andando de olhos fechados fazendo Ashley e Zac
caírem na gargalhada.
-Isso aí
é um zumbi. –Ashley disse recuperando o fôlego.
-Eu só
preciso de um copo com água. –V avisou abrindo a geladeira. –O que
vocês tanto conversam?
-Bobagens.
-O Scott
é bobagem?
-Sabia
que é feio ouvir a conversa dos outros?
-Não
tenho culpa se vocês falam alto demais. –V disse rindo enquanto se dirigia
as escadas novamente. –Boa noite, até mais.
-Tchau
baby, sonhe com pôneis cor-de-rosa e homens sarados na praia.
-Ashley! –Z
e Vanessa disseram juntos.
-Ok, só
com os homens. –V gargalhou e Z a beliscou. –Ei, isso doeu.
-Eu vou
me deitar, boa noite. –Z se despediu com um beijo na testa.
-Nada de
fazer safadezas debaixo do meu teto, viu? –Gritou para ele que tinha
corrido para alcançar Vanessa. –Que ela não tenha ouvido o início da
conversa. –Ashley pensou alto enquanto apagava as luzes.
No quarto
de hóspedes Zac não parava de observar Vanessa.
-O que é,
amor? Tenho uma sujeira no rosto? –V perguntou esfregando-se com as mãos.
-Não,
você está linda.
-Então
porquê me encara tanto?
-Tenho
uma duvida mas não sei se devo perguntar, afinal, você teve uma crise.
-É sobre
o Chace? Pode falar, eu já superei.
-Você
trocaria ele por mim? Abriria mão do que vocês tiveram por nós dois? Seja
sincera.
-Eu já
fiz isso, não foi?
-Não, por
que eu sou apenas o seu amante.
-Você se
considera assim.
-E somos
o que, então?
-Duas
pessoas que se amam, mas que não tem a liberdade legal para serem namorados. No
caso, eu não tenho. Você é livre e desimpedido.
-Você
está fugindo da minha pergunta.
-Sim,
Zac, eu abriria mão e já abri até, mas as coisas não são tão fáceis assim. Se continuo
estou casada é porque ainda não tive uma conversa civilizada com ele, mas os
papéis do divórcio estão quase prontos, você sabe.
-Você tem
certeza disso? Não quero arrependimentos depois.
-Você
dúvida do meu amor por você?
-Não é
isso, mas é que você já viveu sem mim antes...
-E posso
viver sem ele também, acredite. –Suspirou. –Vamos dormir, por favor.
O remédio que a Ashley me deu me deixou muito cansada e eu tenho duas reuniões
na Destiny amanhã.
-Tudo bem.
-Não
pense muito nisso, sim? –Ela pediu se aconchegando nele.
-Vou
fazer isso, por enquanto.
-Eu amo
você.
-Eu
também, agora durma.
-----x-----x-----x-----x-----x-----x-----
Xx
Vanessinha maluca
ResponderExcluirAdorei o capítulo
Já quero saber o que e o presente 😏
Poste logo coisinha
Estou desmaiada com esse capítulo.
ResponderExcluirVanessa está ficando maluquinha de tanto pensar nisso.
Estou curiosa para saber qual será a decisão tomada por ela.
O capítulo ficou incrível.
Não demore a postar.
Posta loguinho
Bjos
se eu fosse a Vanessa já tinha largado logo o Chace e ficado com o Zac
ResponderExcluircoitadinho,ele deve tá sofrendo muito por saber que ela também ama Chace
espero que Vanessa não mude de ideia,porque se mudar eu mato ela
amando muito tudo isso ♥♥♥
posta mais,kisses
Uou
ResponderExcluirCoitada de vanessa,mas coitado de zac tbm,mas q ele nunca desista dela
Amei o cap :*