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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Capítulo 21

Vanessa abriu os olhos. Tudo estava embaçado e diversos ruídos soavam ao seu redor, fazendo sua cabeça latejar de dor.

-Ai. –Disse levando a mão direita à cabeça.
-Ela acordou. –Disse Ashley se aproximando dela. –Como está se sentindo?
-Minha cabeça dói. –Sussurrou a morena. – O que houve?
-Você saiu correndo do nada e escorregou da escada, bateu a cabeça e desmaiou.
-Queria matar a gente? Nunca mais faça isso. –Disse Miley. –Não sabe que as pessoas quando estão bêbadas ficam sem equilíbrio?
-Minha cabeça está me matando.
-Eu preparei um banho quente pra você, vem. –Disse Ashley a ajudando a se levantar. A levou até o banheiro do quarto principal e a ajudou a se despir.
-Agora é sério, Ashley. Diz-me o que houve?
-Você escutou a voz do Zac e surtou.  Começou a gritar “saí daqui, tira ele, Miley” e quando ele foi te segurar, você saiu correndo e tropeçou na metade da escada.
-Não, não, não. –Disse se sentando no chão. –Eu não acredito nisso.
-Tudo bem, a Demi disse que você deve tê-lo confundido com o Chace e por isso o surto. Ele ficou cabisbaixo, ou seja, acreditou.
-Que vergonha.
-Você estava bêbada, dá para perdoar. Agora toma logo o banho pra se deitar.
-Eu acabei com a noite.
-Que nada. A Miley vai continuar com a farra e as meninas também. Se você quiser descer...
-Eu? De jeito nenhum. Nunca mais olho na cara delas.
-Todo mundo aqui está meio tonto, Vanessa, e todo mundo vai encher a cara. O que se passou vai se perder na imaginação de bêbadas delas. –Vanessa se levantou pedindo silenciosamente que Ashley estivesse certa. Relaxou no banho preparado pela amiga e depois se vestiu. Decidiu que iria descer novamente. Parou no último degrau e ficou observando. As meninas dançavam ao som de ‘My Heart Beats For Love’, a última música do álbum de Miley.
-Vem dançar também, Vanessa. –Miley gritou assim que a viu.
-Não tem como se dançar nesse ritmo. –Respondeu se aproximando.
-Tem sim, eu consigo, olha.


Vanessa começou a rir. Ashley tinha razão. Elas já estavam bêbadas.

-Você está melhor? –Zac sussurrou no ouvido dela, fazendo-a se arrepiar. Ela apenas concordou com a cabeça. –Que bom, por que precisamos conversar.
-Tudo bem. –Disse subindo as escadas. Uma hora ou outra isso iria acontecer, e era bom que fosse logo. Entrou no quarto de Miley e se sentou na cama. Ele logo adentrou o quarto e trancou a porta. –Não precisava trancar.
-Precisava sim.
-Se você está dizendo. –Disse se deitando e agarrando um travesseiro. –Sobre o que quer conversar? –O encarou.
-Antes de tudo eu quero te pedir desculpas pelo modo que te tratei naquele dia no estúdio.
-Tudo bem, eu já havia esquecido.
-Não, não havia. Vanessa, vamos ser sinceros. Eu sei como você se sente em relação a nós dois. Você sente que se nós tentássemos reatar tudo seria diferente, que poderia dar certo. Eu sei por que também me sinto assim. Mas eu também sei que isso não é verdade. O sentimento ainda existe, eu confesso, mas perdeu forças e posso considera-lo de amizade, como era no início.
-Nós não terminamos de uma forma normal, Zac. Não houve uma grande briga antes do término e sim uma noite tranquila com piquenique a dois na beira do mar e eu acho que é por isso que eu me sinto assim, como se faltasse alguma coisa.
-O que falta é o ponto final, Vanessa. Você precisa entender que nossa história já acabou faz tempo, que é página virada. Você até já seguiu em frente, está casada... Seu subconsciente precisa entender isso.
-Meu subconsciente já entendeu isso, mas meu coração não. Eu sei muito bem que nosso caso já acabou, sei que eu estou casada e eu amo meu marido, mas é difícil explicar pro meu coração que eu não posso te amar também, não como homem. Você foi meu primeiro grande amor e você sabe disso. Foi difícil amar o Chace, só aconteceu meses depois do casamento...
-Isso não te impediu de deitar-se com ele.
-Como o amor eterno que você me prometeu também não te impediu me chutar de uma hora pra outra. –Retrucou. –Eu consegui te jogar pra fora da minha mente e por o Chace no lugar, mas agora... Eu não sei como lidar com isso, estou no meio de um conflito. Eu amo o Chace, eu sei que amo, mas não é fácil afirmar isso longe dele e com você por perto. Eu não deixei de te amar apesar da dor que você me causou, eu apenas te deixei fora da minha mente. Chace foi minha cura e eu sou grata a ele por isso, mas naquele dia que eu te revi no shopping, a ferida ardeu. Não abriu, por que foi bem cicatrizada, mas ardeu. Eu confesso que penso que se tentássemos, poderia dar certo sim, mas...
-Mas tem medo, por que sabe que pra ficar comigo você vai ter que abrir mão do Chace. Se nós dois não dermos certo, você não teria para quem correr, por que o Chace não te procuraria mais.
-É por isso que eu estou confusa. Eu sei que eu amo ele, mas eu também te amo.
-Você precisa saber quem você ama mais.
-E como eu faço isso? Que eu saiba, ainda não existe medidor de amor.
-Por que você o ama?
-Ele é doce, gentil, paciente... Ele pode encarnar o diabo quando quer, mas também pode ser a pessoa mais carinhosa e fofa possível. Ele me ajudou a superar a falta que você me fez e também me ensinou a amadurecer. Eu aprendi muito com ele e aprendo a cada dia. E ele também não é feio. –Riu.
-E por que você acha que me ama?
-Eu não acho, eu sei que te amo.
-Se realmente me amasse, não haveria a segunda opção: Chace.
-Isso não se aplica a mim. Ele é minha cura e você é minha ferida.
-E por que você me ama, se eu sou a tua ferida?
-Quando eu te vejo, meu estomago revira e minhas mãos soam. Eu fico arrepiada e quente a cada toque teu e me perco nos teus olhos... Você não vai fazer eu me declarar pra você pela segunda vez, não é? –Perguntou se lembrando de quando ela o pediu em namoro. Sim, ela. Eles já haviam ficado, mas Vanessa queria mais e então decidiu se declarar para ele.


-Ah, eu estava gostando. –Disse antes de sorrir. –Eu gosto de você, de verdade, mas eu não posso fazer isso contigo, amor. –Ele acariciou o rosto dela, o que a fez estremecer.
-Fazer o que, Zac? Eu só pedi uma segunda chance, só para tentar...
-E se não der certo? Eu não posso arriscar sua felicidade por uma coisa incerta.
-Minha felicidade. –Debochou.
-Sua felicidade, por que apesar de tudo você é feliz com ele. Eu perdi meu direito de interferir na sua vida no minuto que desisti de você. Se eu pudesse, eu voltaria atrás e lutaria por você, mas eu não posso fazer isso.
-Lutaria contra quem? Contra você mesmo? Por que foi você que me largou.
-Sim, contra mim. –‘E o medo que senti do Chace’ acrescentou em pensamentos. –Olha, eu sei que foi isso que você tentou fazer naquele dia no estúdio e eu fui um estúpido por que tive medo. Eu tive medo de não conseguir me controlar e acabar fazendo algo indevido. Você se arrependeria depois, por que mesmo estando magoada, você continua moralista. Era melhor você se zangar comigo pelo que não aconteceu do que por uma traição.
-Eu me precipitei naquele dia. Queria me vingar e queria partir pra outra no mesmo instante. Não pensei direito. Peço desculpas pelo modo que te ataquei.
-Eu perdoo. –Sorriu. –Como ele reagiu às fotos?
-Elas saem na semana que vem.
-Boa sorte.
-Vou precisar. –Sorriu. –Eu só queria poder entender o porquê de você ter feito àquilo comigo. Eu sei que você gostava de mim e que aquilo foi apenas uma mentira sua.
-Um dia quem sabe... –Sorriu.
-Eu era areia demais para o seu caminhão, eu sei. –Fez piada.
-Você é areia demais. Você desenvolveu seu corpo. Virou uma mulher, uma grande mulher.
-Isso se chama sexo diário.
-Eu sei, também não sou mais virgem. –Falou arrancando uma gargalhada dela.
-Eu acho bom que a gente tenha mantido nossa amizade, de verdade. Sem ressentimentos ou mágoas, bom, não muitas. –Sorriu. – No futuro, quem sabe...
-Você fala como se o Chace não fosse lutar por você.
-Nunca se sabe. Eu realmente te amei Zac, e ainda te amo, mas eu também o amo.
-Eu amo você, mas não posso te pedir para deixa-lo. Você seguiu sua vida sem mim, eu tenho que fazer o mesmo.
-Posso te pedir uma coisa?
-Pode, claro.
-Um último beijo. Eu iria te pedir isso no nosso término, mas estava chocada demais.
-Depois do beijo voltaríamos a seguir nossa vida como antes?
-Com toda a certeza.
-Por que você faz isso comigo, morena?
-Por que eu quero relembrar do que realmente estou abrindo mão.


-Tudo bem. –Disse se aproximando dela. Iniciou o beijo com um selinho doce e delicado. Riu quando ela logo tentou aprofundar o beijo e permitiu. Eles ansiavam por aquele beijo desde o dia no estúdio. Um beijo de verdade, mesmo que fosse de despedida. O clima foi esquentando e ele a deitou. As carícias continuaram e ele estava a ponto de tirar a camisola dela até que alguém bate na porta. –Quem é?
-Eu. A Vanessa sumiu. Você sabe se ela está por aí? –Perguntou Ashley com a voz embolada, fazendo os dois rirem.
-Ela está por aqui sim, Ashley. Estamos conversando, não se preocupe.
-Ah, está bem então, não vou me preocupar. Cuida dela, hein.
-Eu vou cuidar, pode deixar. –Disse dando um selinho no seio esquerdo dela, fazendo-a rir.
-Você é um bobo mesmo. –Disse saindo de baixo dele.
-A Ashley que fica bêbada e eu que sou o bobo?
-É. –Sorriu. –Obrigado, por tudo. Eu amo você, nunca se esqueça disso.
-Eu também te amo minha morena. –A beijou na testa.
-Que beijo sem graça. –O puxou para outro beijo de verdade.

[...]

-Viu como foi útil a porta trancada? –Perguntou acariciando os cabelos dela. Após os beijos eles decidiram assistir um filme por ali mesmo.
-Se a Ashley tivesse visto, eu não sei o que seria de nós. Ela iria armar um escândalo.
-Eu imagino. Se bem que foi bom ela ter aparecido.
-Concordo. Você anda muito safadinho. –Pincelou o nariz dele.
-Eu? Quem me puxou foi você.
-Eu só aprofundei o beijo, você que me deitou.
-Aham, sei.
-Posso ser sincera?
-Achei que já estivéssemos sendo.
-Idiota. –Lhe deu um empurrãozinho. –Eu teria perdido minha virgindade com você se ainda estivéssemos juntos.
-Nós estaríamos casados, então...
-Não, é sério. Eu planejava me deitar com você no seu aniversário. Fui no ginecologista e tudo.
-Você não está falando sério. –A encarou.
-Estou, mas você me chutou dias antes. Minha mãe disse que foi Deus salvando-me do pecado.
-Eu me lembro de quando a gente perdeu a hora e você chegou em casa duas da manhã. Ela fez um interrogatório e depois disse ‘quem quer ter leite, tem que comprar a vaca primeiro’. Eu não entendi na hora, mas depois...
-Eu também. –Riu nostálgica. –Bons tempos aqueles.
-Claro, claro. Hoje você tem que sair e fazer compras nas lojas da Chanel e Versace, eu entendo.
-Você fala como se eu me importasse com o dinheiro do Chace. Se ao menos a mãe dele fosse com a minha cara...
-Não entendo como alguém pode não gostar de você. Você é uma boa companhia.
-Mas não sou da burguesia. Ele nunca disse, mas eu percebi que é esse o problema dela comigo.
-O importante é que ele te ama e se importa com você.
-E somente ele que me importa naquela família. O resto é resto. –Bocejou.
-Durma, eu velo seu sono. –Sorriu.
-Então, boa noite. –Lhe deu um beijo no rosto e virou para o outro lado. Ele sorriu. Agora ela o tinha deixado de vez, ele sabia, mas estava feliz, pois ela estava feliz e só isso que importava pra ele.

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Está aí meninas, espero que gostem. Obrigado a quem comentou. Feliz natal e um próspero ano novo. Que 2014 seja cheio de coisas boas para vocês. Desculpem a demora, eu estava sem ideias. O Chace fez uma coisa errada sim, mas tem uma razão por detrás disso. Vocês vão descobrir depois. Curtam o capítulo e comentem.
Xx

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Capitulo 20

-Cuz i accept you for everything you are and will be ... Não, não está bom. –Disse Miley parando o ensaio do AMA. –Eu não estou tendo retorno. Parem a música, eu estou sem retorno. –Tirou o fone. –Como que está soando aí em baixo?
-O som aqui está bom. –Disse Vanessa tirando os olhos do iPhone.
-Será que você pode parar de trocar mensagens com seu marido por dois minutos e ir lá atrás saber como o som está?
-Tudo bem. –Disse Vanessa se levantando. Assim que ela chegou à última fileira, a banda recomeçou a tocar e Miley a cantar.
-... I feel it when you fall apaaaaaart, não, parem. Eu continuo sem retorno. Eu não posso cantar sem retorno, vou me perder. –Suspirou. –Como está o som aí em cima? –Perguntou pra Vanessa.
-Está bom. –Gritou a morena.
-Não, não é o suficiente. Não é bom que eu quero, eu quero ótimo. Tem que está ótimo.
-Calma Miley. Vai da tudo certo. –Disse Tish, empresária e mãe de Miley, acalmando-a.
-Vocês não estão entendendo, não é bom que eu quero, eu quero ótimo. Tem que está ótimo. Por que diabos eu estou sem retorno? –Tish apenas olhou para Vanessa que apenas negou com a cabeça. Elas sabiam quão estressante estava sendo para Miley e não podiam fazer nada. Era sua primeira apresentação e tinha que sair perfeita. Depois de muitas paradas e tentavias, eles deram por encerrado o ensaio.
-Você dorme lá em casa? –Perguntou Miley antes de beber o chá que Tish tinha lhe dado.
-Eu não sei. –Respondeu a morena.
-Há, qual é, Vanessa?! O Chace chega daqui a duas semanas. O mínimo que você poderia fazer e utilizar esse resto de tempo livre com suas amigas.
-Mas...
-Mas nada. Minha mãe também precisa espairecer as ideias. Essa coisa do divórcio está acabando com ela.
-Eu estou aqui minha filha e estou escutando tudo. –Disse Tish sorrindo.
-Estou sendo sincera. –Deu de ombros. –Vamos lá, noite das amigas.
-Eu acho que já passei da idade de participar de festas do pijama. –Disse Vanessa.
-E quem disse que a minha ideia de noite das amigas envolve chocolates ou sorvetes? Eu sou mais do tipo tequilas e vodca.
-Eu não vou pra boate nenhuma com você.
-Não preciso de boate pra encher a cara. Pode ser lá em casa mesmo. Meu pai se mudou, mas deixou a adega cheia. –Riu.
-Eu não sei, sou fraca para bebidas.
-Melhor ainda, assim você se abre mais.
-Só você e eu bêbadas? Isso não é uma boa ideia.
-Eu curto outra fruta, ok?
-Eu também, pode ter certeza que sim. –Apontou a aliança, fazendo Miley e a mãe rirem.
-Eu acho que vou chamar a Demi e a Selena, mas quando eu falar nas bebidas é capaz delas darem pra trás, mas vou tentar.
-Tem a Ashley também.
-Ela precisa mais do que nós, com toda a certeza.
-Espero que ela se resolva logo com o Scott. Isso está acabando com ela e não é culpa do casamento.
-O que você pode dizer? Você nem escolheu seu “vestido” de noiva.
-Que? –Perguntou Tish espantada.
-O Chace que decidiu tudo. Meu papel foi comparecer. –Sorriu. –Não, brincadeira. Mas sim, ele escolheu o lugar, as roupas, os convidados, a comida... Eu não sabia o que fazer e isso era mais importante para ele do que pra mim.
-Ela é uma tapada. –Disse Miley simplesmente.
-Não é assim. Eu tinha dezenove anos com a mentalidade de 16, não sabia o que fazer, nunca quis me casar, ainda mais de uma hora pra outra. Ele só precisou juntar minha obsessão pela Índia e sua cultura e todos os benefícios que o sobrenome Crawford pode obter. Em duas semanas ele planejou tudo, e no dia três de dezembro, nos casamos.
-E a lua de mel? –Perguntou Tish.
-Fala pra ela onde foi, anda. –Disse Miley.
-Foi em Londres.
-E essa tapada não aproveitou nada.
-Eram dias chuvosos.
-Você não é de açúcar e existe uma coisa chamada guarda-chuva que impede as pessoas de se molharem.
-Miley, recém-casados tem que passar uns tempos sozinhos. –Disse Tish.
-Recém-casados normais, coisa que eles não eram. Ela passou a lua de mel chorando e ele à consolando. Só fizeram amor na última noite.
-Penúltima. –Corrigiu.
-Dá no mesmo. Diz-me em que planeta uma pessoa em sã consciência recém-casada que está na lua de mel em Londres só fica com o marido na penúltima noite? Perdeu cinco dias úteis da sua vida.
-Fazer melhor você não quer fazer.
-Seu marido não é de se jogar fora, vai por mim, eu faria muito melhor.
-Que nojoooo, Miley. Argh, você poluiu minha mente pura com essa ideia. Quero vomitar.
-Fresca. –Riu. –Não sou fura olho, relaxe.
-Argh. –Um celular começou a tocar. –É o meu. Hm. Oi, Ashley.
-Oi, Vanessa. Finalmente me atendeu, não é?
-Eu estava meio ocupada, desculpe. A Miley quer falar com você, um segundo. –Entregou o celular para Miley.
-Ashley, meu amor. –Miley cantarolando.
-O que você aprontou? –Riu.
-Nada, ainda. –Riu. –Eu estava pensando em fazer uma noite de garotas hoje, sabe? Eu estou meio estressada com o AMA, você com o Scott e a Vanessa com o Chace que chega em duas semanas.
-O Chace chega em duas semanas? Mais já?
-Já se passaram dois meses minha querida, a Vanessa não aguenta mais que isso. –Riu enquanto Vanessa lhe dava um tampa. –Ai.
-Eu sei quanto tempo se passou Miley, mas é que eu não sabia que ele já estava arrumando as malas praticamente, mas enfim, isso é bom eu acho.
-É eu sei, mas então: Você topa?
-Hoje à noite?
-É, hoje à noite, na minha casa e não precisa se preocupar, minha mãe vai ficar de olho na gente. –Riu.
-Ah, sendo assim eu vou. –Sorriu.
-Tudo bem, você liga pra Demi e pra Selena que eu ainda tenho que passar no mercado e comprar algumas coisas.
-Tudo bem, então. Não esquece a tequila.
-Pode deixar. –Riu. –Beijos, até as 20hrs.
-Até, baby. –Desligou e encarou o amigo. É Zac, você a perdeu de vez.
-Eu já a perdi há muito tempo.

[...]

-Vanessa, atende a porta que eu estou colocando a comida do Floyd. –Gritou Miley da cozinha. A morena revirou os olhos. Miley tratava os cachorros como se fossem filhos.
-Nessaaaaaaa. –Gritou Ashley a abraçando assim que ela abriu a porta.
-Oi. –Disse sufocada.
-Aqui, trouxe uns filmes pra gente.
-Tenho até medo do que você escolheu. –Disse pegando a sacola. –Hey, meninas. –Disse abraçando Demi e em seguida, Selena.
-Nós só viemos por que você tem a cabeça no lugar. –Disse Demi.
-Agradeço. –Disse rindo. Elas logo se acomodaram e ficaram conversando bobagens.
-Vanessa, vem aqui na cozinha comigo. –Pediu Ashley se levantando.
-Hm, ok. –Assentiu desconfiada.
-O Chace chega em duas semanas? –Perguntou se servindo com ponche.
-Sim, ele chega no domingo pela manhã no dia vinte e oito de novembro, uma semana depois do AMA.
-E ele sabe sobre o Zac?
-Sabe e é por isso que ele chega dia vinte e oito.
-Como ele descobriu?
-E você ainda pergunta? A Miley, dã. Estávamos com outros planos. Eu iria encontrá-lo no Havaí na primeira semana de dezembro no dia do nosso aniversário de casamento e depois viriamos para L.A., mas a Miley acabou falando o que não devia durante uma conversa pelo Skype.
-E ele?
-O que você acha? Ele pirou, dã. Eu consegui adiar a viagem o máximo que eu pude.
-Sinto muito.
-Não tem problema.
-Não, não sobre isso. Sobre o Zac. Eu sei o que aconteceu e...
-Não, tudo bem. Não é a primeira vez que ele me rejeita. –Disse com os olhos marejados. –Acho que não era pra ser mesmo, fazer o que não é? Não posso ficar me lamentando, já fiz muito isso no passado. Se ele não quer, tudo bem, bola pra frente. Não posso parar minha vida por isso. Foi bom o quanto durou e está sendo ótimo com o Chace, apesar de tudo. Eu até acho que precisamos da um novo passo na nossa relação.
-Tipo, filhos? –Perguntou com os olhos arregalados.
-É, talvez no ano que vem eu tente novamente. Se não der certo, eu me conformo com um cachorro mesmo. –Riu.
-Vanessa, vê o lado bom da coisa: Se não tivesse acontecido você teria três filhos com apenas vinte e um anos. –Riu.
-É, não pega bem.
-Não mesmo. –Riu. –Cadê a televisão, meu povo? –Riu.
-Sua boba. –Pegou o ponche dela.
-Ei, é meu.
-Meu filho que ainda não foi gerado quer esse. –Disse dando um gole.
-Ai, meu Deus. Já estou vendo o quão chata e aproveitadora você vai ser quando engravidar. –Vanessa apenas piscou pra ela antes de voltar para a sala.
-Então minha gente, o que vocês querem fazer primeiro? Assistir filmes ou escutar meu álbum e depois do da Ashley enquanto enchemos a cara? –Perguntou Miley.
-Filmes. –Disseram Demi e Selena.
-Álbuns. –Disse Vanessa e Ashley.
-Acho que empatou. –Disse M. –Argumentos, por favor.
-Qual é, meninas. Meu marido meio psicopata e possessivo vai chegar em duas semanas, eu preciso encher a cara. –Disse Vanessa.
-E eu estou pensando seriamente em cancelar meu noivado já que nada está dando certo em relação há ele. –Disse Ashley.
-Bom, acho que os álbuns ganharam. –Disse Miley. –Nem argumentem para não perderem tempo. –Disse assim que Selena tentou abrir a boca.
-Chatas. –Disse Demi dando língua.
-Ok, meu álbum maravilhoso intitulado “Can’t Be Tamed”. A primeira faixa é “Liberty Walk” e queriam que fosse meu primeiro single, mas eu não achei uma boa ideia, apesar de ser uma música forte. –Disse Miley colocando o CD com a pré-gravação para tocar. –Vou buscar a tequila.

[...]

-“Though it's been a while now, I can still feel so much pain... like a knife that cuts you the wound heals... but the scar... that scar remains.” –Cantarolou Vanessa.
-Atende a porta, Vanessa. –Disse Miley.
-Vai você. –Disse jogando uma almofada nela.
-É meu cover de “Every Rose Has Its Thorn”, vai você.
-Você faz ideia de quantas vezes eu escutei essa música quando o Zac me chutou? Significa mais pra mim do que pra você, vai você abrir a porta. –Disse bebendo a tequila num gole só.
-A Ashley já foi abrir, então parem. –Disse Demi.
-Caladas que vem a melhor parte. –Disse Miley limpando a garganta. – “I know I could saved a the love that night if I'd known what to say...”–Vanessa se juntou a ela. – “Instead of makin' love, we both.. made our separate ways...Now I,  hear you've found somebody new and that I... never meant that much to you... to hear that tears me up inside , and to see you cuts me like a kniiiiiiiiiiife”.
-Socorro, é a melhor até agora Miley. –Disse Demi.
-Eu sei. –Disse enxugando as lágrimas. –Vanessa? –Perguntou já que a morena estava com uma almofada na cara. –Você está chorando? –Ela assentiu. –Aw. –A abraçou.
-Quando vão parar com a besteira? –Questionou Ashley se sentando.
-Quem era na porta? –Perguntou Miley se olha-la enquanto fazia carinho na cabeça de Vanessa que soluçava.
-Eu. –Disse Zac.

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Sou má SKLAKSLASL Quem quiser escutar a música, é a quarta na minha playlist. Espero que gostem desse capítulo. É minha gente, o tempo passou voando e o que algumas de vocês tanto pediram está prestes a acontecer: Chace em L.A. É o presente de natal de vocês, mas lembrem-se que foram vocês que pediram LSKALKSLAK. Rafaela Diniz o passado de Zanessa é contado na minha sinopse, mas vou fazer um resumo breve de TUDO pra você.O Zac e a Vanessa se conheceram num curso de fotografia e depois passaram a namorar. O Chace cursava administração em uma faculdade cujo o prédio ficava em frente a uma praça onde Vanessa e Zac sempre iam. Chace se encantou por ela na primeira vez que a viu. Tentou se aproximar e até conseguiu manter uma amizade barrela com ela, mas ele queria mais que amizade. Se declarou e ela o rejeitou e ele viu que se quisesse realmente ter alguma coisa com ela, teria que ser de outro modo. Ele foi até a casa do Zac e o ameaçou como está na sinopse "Ou você deixa ela livre, ou eu a mato... na sua frente. E depois coloco a culpa em você e você vai apodrecer na cadeira e vai ficar relembrando cada detalhe da morte dela."O Zac com receio de que ele cumprisse o que havia dito, terminou com a Vanessa e o Chace estava lá para consolá-la. Eu vou fazer mais capítulos com flashbacks para vocês entenderem melhor o que se passou. Enfim, espero que gostem desse capítulo. Comentem e desculpem a demora e já peço caso também caso eu demore no próximo.
Xx

sábado, 14 de dezembro de 2013

Capitulo 19

-Eu não acredito que você fez isso. –Disse Ashley colocando a caneca de porcelana com chocolate-quente na mesa com força.
-Vai quebrar mesmo? –Perguntou Zac sem jeito, pois o barulho havia chamado à atenção de algumas pessoas que estavam na cafeteria. –Eu não entendo o teu espanto. Eu te falei que não iria me comprometer até ela se divorciar.
-Agora eu entendo o porquê dela não ter retornado as minhas ligações nesses quatro dias. Eu deveria acabar com você.
-O que foi que eu fiz?
-Ela deve está pensando que eu fiz de propósito.
-Ela não é assim. Deve está chateada, mas ela não julga desse modo. Ela deve está tentando por os pensamentos em ordem, sem a intervenção de ninguém.
-Cale a boca. Primeiro o Scott, agora você? Eu não me meto na vida dela como vocês dizem, eu apenas me preocupo com o bem estar dela.
-Dê tempo ao tempo. Ela vai te ligar.
-Até a Miley ficou meio estranha comigo esses dias. Ela está mais próxima da Vanessa e distante das meninas e de mim.
-O AMA é nesse domingo, ela está se preparando, afinal, vai se apresentar. Você só conseguiu folga hoje então não reclame delas estarem afastadas.
-Eu estou trabalhando no meu álbum.
-Elas sabem disso e como você está sobrecarregada, elas estão cuidando da vida delas e fazendo o trabalho delas.
-O que é que você sabe?
-Eu conversei com a Miley e ela me disse isso.
-Hm. E o que ela comentou sobre a Vanessa?
-Aparentemente, ela está se reaproximando do marido. –Respondeu antes de mostrar um sorriso falso. –Você estava errada.
-Eu não estava errada. Ela só quer essa aproximação por que o idiota aqui –apontou pra ele –deu um chute nela.
-Eu diria um choque de realidade.
-Engraçadinho.



-O fato é: Ela ainda está casada e quer continuar assim.
-A culpa é toda sua, Zac. Ninguém gosta de pessoas muito moralistas.
-Prefiro ser um moralista do que o amante.
-Desisto de conversar com você sobre isso.
-Agradeço o favor. –Disse bebendo um pouco de café. –E as coisas com o Scott, como vão?
-De mal a pior. Minha mãe disse que isso é normal por culpa do casamento e todos as responsabilidades novas que são adquiridas como a casa nova, lua-de-mel, o buffet, os convites, etc etc. Eu só queria que tudo acabasse logo e pular para a parte em que rimos das frustrações e das discussões bobas e desnecessárias.
-Tudo vai se resolver. –Pegou na mão dela.
-Eu espero.
-E como vai a história da traição? Pararam de te ligar?
-Quem me dera. Hoje mesmo me ligaram dizendo que até a Vanessa tinha se afastado de mim por isso. É patético.
-Você deveria ter acionado a polícia há muito tempo.
-Eu já tenho tantos problemas, não preciso de mais um.
-Seja sincera, Tizz: Você acredita?
-As vezes sim, as vezes não. Eu estou tão confusa e sobrecarregada. Depois do AMA, vou para um SPA, por que temo pela minha sanidade.
-Acho uma ótima ideia. –Sorriu.


-Senhor Crawford, aqui estão os papéis que me pediu. –Disse Victoria entrando na sala dele. –Ah, desculpe. Eu não sabia que o sr estava ocupado.
-Não tem problema. Deixa eu te apresentar, esse é Chris Crawford, meu papai. –Falou debochado.
-É um prazer conhecê-lo. –Disse Victoria estendendo a mão.
-Igualmente, querida. Quantos anos você tem?
-Chris, não comece. –Disse Chace irritando-se.
-Tenho vinte e quatro, sr. –Respondeu sem entender o por que da pergunta.
-Está vendo, Chace? Não é difícil encontrar uma mulher bonita com a idade correta. Ainda não entendo o porque de continuar casado com aquela...
-Você quer realmente recomeçar essa discussão? Achei que já havia deixado bem claro que o meu relacionamento com Vanessa não é da sua conta, nem da Dana e muito menos da idiota da Candice.
-Não fale assim da sua irmã. Nós apenas queremos o melhor para você.
-Vocês querem meu dinheiro. Escuta bem, Chris. Se um dia eu precisar de conselhos amorosos, você será a última pessoa a quem eu vou consultar. Com que moral você quer criticar meu casamento se o seu com a Dana foi uma total farsa?
-Eu estou de saída, com licença. –Disse Victoria indo em direção a porta.
-Não, não é você quem deve sair. É ele. –Insinuou para o pai. –Saia da minha empresa.
-Eu vou meu filho, mas por que tenho uma reunião de negócios. Te esperamos para jantar...
-Eu não vou. –Interrompeu-o. –Vocês só querem falar mal da minha esposa e eu não vou sair do conforto da minha casa para ouvir desaforos. Perdeu seu tempo vindo aqui.
-Bom, o convite eu fiz. Se mudar de ideia...
-Adeus, Chris. –Assim que a porta foi fechada, ele suspirou.




-Sr, eu realmente não queria interromper nada. –Disse Victoria desculpando-se mais uma vez.
-Você não interrompeu nada. Me fez um favor, na verdade.
-Desculpe a intromissão, mas a relação de vocês foi sempre assim?
-Mais ou menos. –Ofereceu a cadeira e ela se sentou. –Digamos que eu era o preferido da minha mãe e minha irmã Candice do meu pai. Quando me casei virei o filho rebelde para ambos, e como você deve ter percebido, meu pai tem um certo preconceito com a idade de Vanessa, o que é patético já que ela é apenas três anos mais nova do que eu.
-Pelo modo que ele se referiu a ela, deve ser apenas uma desculpa. Se eu não estou enganada, você me disse que sua esposa vem de uma família normal e não da burguesia como você.
-Eu sempre fiz o que queria e ele nunca se preocupou já que minha irmã trazia os troféus bobos da escola de artes cênicas para casa. A raiva dele é maior por que ele não queria me envolver nos negócios da família mesmo eu já estando formado, mas quando eu me casei, ele fora obrigado a dar minha parte da herança. Ele achou que eu iria vender ou fazer alguma idiotice, mas fiz justamente o contrário. Fiz sucesso e é isso que ele não aceita. Eu ter feito sucesso sem precisar da ajuda dele.
-Isso é egoísta.
-Coisa de família. –Sorriu. –Você sabe que meu relacionamento com Vanessa não começou do modo convencional e é isso que irrita toda a minha família. O que parecia ser uma loucura de adolescentes bêbados e irresponsáveis acabou dando mais certo do que o casamento dele com minha mãe que fora planejado até os últimos detalhes. Quando eu a pedi em casamento, todos achavam que não passava de uma brincadeira minha para irritar meu pai e tirar a atenção dele naquele jantar idiota de família. Estávamos em Nova York há apenas duas semanas...


Flashback 

-Eu não acho que eu deva ir. –Disse Vanessa enquanto Chace a ajudava com a jaqueta de couro.
-Não tem por que você não ir.
-É um jantar de família.
-E você é minha namorada, faz parte da família.–A abraçou por trás.
-Por favor... –Se afastou dele. –E se eles não gostarem de mim?
-Eles não tem por que não gostar, e se não gostarem, tem quem goste: Eu. –Sorriu.


-Palavras de conforto. –Zombou.
-Também te adoro, querida. –Pegou na mão dela e beijou delicadamente. –Vamos?
-Vamos. –Respondeu após um longo suspiro. Saíram de mãos dadas do apartamento de Chace que era dividido por eles. Depois de entrarem no carro de Chace, eles seguiram até a mansão da família Crawford onde estava sendo realizado o jantar. Depois de quinze minutos eles adentravam na festa e o sentimento de arrependimento se apoderou dela por não ter se produzido melhor. A sala de estar era grande com uma decoração contemporânea e os convidados estavam todos muito bem trajados com roupas de gala o que a fez se sentir um peixe fora d'água por estar de calça jeans, blusa de manga comprida preta, botas e uma jaqueta de couro. –Eu odeio você. –Sussurrou para o então namorado.
-Por que? –Perguntou apertando a mão dela.
-Se você tivesse me avisado, eu teria me produzido melhor.
-Não seja boba, querida. Eu disse para você se vestir como se sentisse confortável. Acha que essas mulheres não estão tremendo de frio apesar do aquecedor estar ligado e a lareira acesa? Isso não passa de uma competição de quem se vestiu melhor.
-E eu com toda a certeza, passo longe dessa lista.
-Isso não importa. –Ela tentou sair, mas ele a impediu. –Você não vai querer me deixar na mão, ainda mais agora que nos avistaram. –Virou a namorada. Uma mulher aparentando 40 anos se aproximava deles.
-Chace, querido. Como você cresceu. –A mulher apertou as bochechas dele.
-Tia Mandy, como é bom revela. –Abraçou a mulher. –Tenho a honra de apresentar-lhe minha namorada, Vanessa. –A morena saiu de trás de Chace.
-Olá. –Disse ela engolindo em seco.
-Olá, Vanessa. –A olhou de cima a baixo, fazendo a morena corar. –Sou Mandy, tia do Chace. –Estendeu a mão. –É um prazer conhecê-la. Meu sobrinho falou muito de você.
-O prazer é meu. –Pegou na mão da senhora.
-Está passando bem, querida? Está com a mão gelada.
-É o frio, tia. –Chance interrompeu-a. –Acabamos de chegar.
-Ora, querido, não faça cerimônia. A casa hoje é de toda a família. Leve-a para perto da lareira.
-Com toda a certeza, mas antes queria falar com a mamãe. Onde ela está?
-Está na cozinha vendo se está tudo em ordem. Seu pai não deu descanso há ela. Vou deixá-los sozinhos, chegaram mais convidados. Com licença. –Sorriu e saiu.
-O que você achou? –Ele perguntou a levando para perto da lareira.
-Bem simpática.
-Cordialidade forçada e totalmente falsa. A maioria dos que nos cumprimentarem serão assim. Não por você, mas por mim que sou a ovelha negra da família.
-Vou anotar isso. –Sorriu. Ele tentou beija-lá. –Não, aqui não. –Virou o rosto.
-Acho que somos o único casal que não troca beijos.
-Eu não disse que não nos beijaríamos, apenas disse que aqui não.
-E qual é a sua desculpa para os outros lugares? Não no aeroporto, não no avião, não no táxi, não no apartamento, não na praça, não no cinema, não no carro... Só recebo "não" de você.
-O que você quer? Perder nosso posto de casal anormal por um beijo bobo? –Tentou fazer piada.
-Só perdoo por que você é bonitinha. –Pincelou o nariz dela com o dedo.
-Bonitinha. –Repetiu. –Vou anotar isso também. –Sorriu. Ele a abraçou e ela viu por cima do ombro dele uma mulher loira de olhos claros de aproximando deles.
-Chace, querido! –A mulher exclamou fazendo-o se virar. Eles se abraçaram e ele deu um beijo na testa dela. –Senti sua falta, querido. Por que não deu notícias?
-Eu estava ocupado, mãe. Deixa eu te apresentar. Essa é Vanessa, minha namorada. –Sorriu.
-Oh, eu não sabia que você já tinha trocado a Alicia. Ela era tão boa moça.
-Você parece o Chris falando assim. –Ele revirou os olhos.
-Seu pai, Christopher. –Olhou Vanessa mais uma vez. –Desculpe querida, eu não quis parecer rude. É que eu não sabia que ele já tinha outra namorada. Sou Dana, é um prazer conhecê-la.
-O prazer é todo meu. –Disse sem jeito.
-Chegaram a muito tempo?
-Não, chegamos há pouco. –Ele respondeu. –Já podem servir o jantar. –Sorriu.
-Já vamos servi-lo. Agora só falta seu tio Carlos chegar. Ele ligou dizendo que já está vindo. Mas venham comigo, vou levá-los aos seus lugares.
-Nós não vamos sentar com vocês. Quero dizer, preferimos uma mesa a parte. Não vou aguentar toda essa farsa de novo.
-Tudo bem, meu filho. Eu sabia que você ia pedir isso. –Suspirou e encaminhou-os até uma mesa afastada da central com quatro cadeiras. –Vocês vão se sentar com Lucas e Nicky.
-Prefiro lidar com as verdades das crianças do que com as mentiras dos adultos. –Disse puxando uma cadeira para Vanessa sentar.
-Você se entende melhor com elas, não é filho? –Perguntou um homem de cabelos grisalhos de olhos claros.
-Ora, ora, quem está por aqui. O grande Chris. –Disse Chace debochado.
-E essa mocinha, quem é?
-Minha namorada.
-O que houve com a Alicia? Parecia uma moça de família.
-Não acho que seja da sua conta.
-Rapazes, por favor. Hoje não. –Pediu Dana.
-Não garanto nada, mãe.
-Com licença, vou cumprimentar os outros convidados. –Disse Chris antes de sair seguido por Dana.
-Grande família a minha, não acha?
-Uma família e tanto. –Suspirou recebendo um beijo na testa. –Quem são Lucas e Nicky?
-Meus primos pirralhos, mas não se preocupe. Eles são adestrados.

[...]

-Quero pedir a atenção de todos. –Disse Chris se levantando com uma taça na mão.
-Já vai começar a baboseira. –Sussurrou Chace abraçando Vanessa pelo ombro.
-Por favor, ele é seu pai. –Pediu Vanessa.
-Não deixa de ser um idiota.
-Chace. –O repreendeu.
-Até parece que você simpatizou com ele, amor.
-Me chamou de que? –Perguntou assustada.
-Amor. –Pegou na mão dela carinhosamente.
-Chace, por favor. Você sabe que é difícil pra mim. Eu não quero magoar você. –Disse com os olhos marejados.
-Estou fazendo o melhor que posso, Vanessa. Não forço beijos, não te abraço quando você não quer, nem beijo sua mão quando você não quer, não faço nada que você não me permita. Mas te chamar de amor? Não acha que está sendo muito radical? –Lágrimas começaram a rolar pela face da morena. –Não, não chora.
-Eu estou fazendo o melhor que eu posso. Não é fácil deixar de gostar de uma pessoa.–Fungou. –Eu te pedi tempo e paciência, mas se você não consegue esperar...
-Não, não diga isso. Eu só quero que você entenda que eu não posso lutar sozinho, você também tem que querer. Você está muito agarrada as lembranças. Eu quero te fazer esquece-lo, quero te fazer feliz. Quero poder ser o motivo do seu sorriso todas as manhãs e até mesmo o motivo de suas lágrimas, mas lágrimas de orgulho, de felicidade. Quero está sempre do seu lado, fazer parte da sua vida, construir uma história com você. Quero que você seja minha.
-O que você está tentando dizer? –Perguntou enxugando as lágrimas.
-Pedir na verdade. –Disse elevando o tom de voz. Se levantou chamando a atenção de todos e atrapalhando o discurso de seu pai. Se ajoelhou e pegou uma caixinha do bolso, fazendo todos arfarem. –Vanessa Anne Hudgens, quer me dar a honra de ser minha esposa?
-Oh, meu Deus... Eu... –Novas lágrimas molharam a face da morena. –Eu te faço esse favor. –Sorriu.
-Isso é um sim? –Perguntou com os olhos brilhantes.
-Sim, Chace. Sim, eu aceito. –Sorriu. Ele pôs o anel no dedo anelar direto dela e a ergueu. Depositou um beijo na bochecha molhada de Vanessa e a abraçou. Diversos aplausos soaram pelo salão, deixando-os constrangidos.
-Nossa, –Disse Mandy se aproximando deles. –eu nem sei o que dizer.
-Han, parabéns? –Questionou Chace fazendo piada.
-Parabéns noivos. –Falou os abraçando. –Se você tivesse me avisado, eu teria providenciado uma equipe para registrar esse momento.
-Não achei necessário. O importante é que ela aceitou. –A beijou na testa.
-Por favor, crianças. Vocês acabaram de ficarem noivos e nenhum beijo? Eu sei que são jovens, os hormônios estão à flor da pele. Um beijinho, sim?
-Tia, achamos melhor não. A Vanessa é tímida para beijos em lugares públicos. –‘E as escondidas também’ pensou ele.
-Mas nenhum beijinho sequer? Achei que os jovens ficassem mais desinibidos a cada ano.
-Nem todos. –Disse Chace cutucando Vanessa que sorriu.
-Só hoje, sim? Apenas um beijo, apenas para simbolizar o noivado.
-Não, nós não...
-Beija, beija, beija... –Pedia Mandy batendo palmas e logo os demais convidados fizeram o mesmo.
-Chace, não... –Vanessa pediu entre sussurros.

Fim do Flashback

-E vocês não se beijaram? –Perguntou Victoria.
-Não, ela não quis. Em seguida, minha mãe nos cumprimentou e meu pai perguntou se meu show havia acabado e se ele poderia continuar. Em respeito a minha mãe eu não disse nada, apenas me sentei com Vanessa. Após o discurso o resto da família tentou nos cumprimentar, mas para evitar a falsidade eu disse que queria apresentar a casa para Vanessa. Fomos para a área da piscina e lá comemoramos nosso noivado. –Sorriu lembrando-se.
-Deram enfim o primeiro beijo?
-Não consideraria um beijo. Foi um selinho de cinco segundos. Sei que foi difícil para ela fazer aquilo e eu consegui me contentar. –Riu acompanhado por ela. –O que foi cômico foi que estavam nos vigiando. Depois do selinho, ouvimos os gritinhos das minhas tias e da minha mãe. A Vanessa ficou vermelha.
-E quando foi o real primeiro beijo? No casamento?
-Não, não. Credo. –Riu. –Logo depois desse flagrante, nós fugimos da festa. O caminho foi silencioso. Quando chegamos ao apartamento, ela foi para o quarto dela e eu fui para o meu. No meio da noite, ela entrou no meu quarto chorando. Achei que era medo da chuva que caía do lado de fora, mas não. Alguma amiguinha dela mandou mensagens dizendo que havia visto o ex dela na sorveteria com uma mulher e que eles estavam bem à vontade. Tive que respirar fundo antes de dizer alguma coisa. Abracei-a e disse que ficaria tudo bem, por que ela também estava seguindo em frente. Ela chorou por uns trinta minutos. Quando enfim se acalmou, eu a beijei no rosto, afinal, pensei que ela já tivesse adormecido. Fiquei surpreso quando ela ergueu a cabeça e tomou meu rosto em suas mãos. Acho que foi o beijo mais terno que eu recebi de alguém.
-Foi o primeiro beijo de verdade de vocês, até entendo.
-Primeiro e único até o casamento. Até a lua de mel na verdade. No outro dia, eu achei que as coisas iriam mudar, mas me enganei feio. Graças a Buda, eu tenho muita paciência. –Riu.
-Oh, Buda. –Riu.
-Depois que meus pais viram que não era apenas uma brincadeira e que realmente estávamos casados, a situação mudou. Tive uma briga terrível com meu pai e por isso que eu e Vanessa nos mudamos para a China. Pedi minha parte da herança e ele me deu as terras. Eu não queria privar a Vanessa de nada, mas depois que ela perdeu o bebê, achei que seria melhor mudarmos para a Índia. Sabe, outra cultura, outros costumes.
-Eu sei e fico feliz que tenha dado tudo certo apesar de tudo. Eu só falei com sua esposa uma vez e achei ela uma pessoa simpática. Seus pais realmente são uns bobocas, desculpe falar isso.
-Eu sei. O que mais me irrita foi que minha mãe se deixou envenenar pelo meu pai que ela tanto odeia.
-E é por isso que o senhor os chama pelo nome?
-Eles odeiam quando eu faço isso em público. Acham uma falta de respeito, mas não podem fazer nada. Sou bem crescidinho e pago minhas contas. O mais irônico foi que minha avó, a única que todos tinham a certeza que iria odiar a Vanessa, foi a única que a aceitou. Ela nunca foi a favor do casamento dos meus pais, nem dos meus tios e muito menos suporta os namoradinhos da minha irmã. Ela nem gostava muito de mim ou de minha irmã por odiar minha mãe, mas foi a única que apoiou meu matrimônio. Lembro-me da recepção onde apresentei oficialmente a Vanessa como sra Crawford. Ela foi a única que não julgou a Vanessa por usar um vestido decotado, que na verdade eu escolhi. Acho que foi por isso que minha mãe se virou contra a Vanessa.
-Se um dia o sr pensar em se suicidar, lembre-se disso. –Sorriu.
-Eu vou lembrar, com toda a certeza. –Sorriu de volta.
-É melhor eu voltar para o meu "trabalho" –Fez aspas no ar. –antes que falem alguma coisa. Com licença.
-A vontade.

-----X-----

Um doce para vocês nesse dia tão especial, por que nossa borboleta favorita faz aniversário. Eu estou chocada, sério. ONTEM ELA ERA UM ESPERMA E HOJE JÁ TEM 25. HOW? HOW? HOW? Ok, parei. Desculpem a demora meninas. Eu fiquei de recuperação em história e fiquei indo pra escola por uma semana, mas aquele bendito professor não apareceu, (eu acordo muito cedo e tirava a tarde para dormir) então eu mesma me declarei de férias apesar de ficar com 3,0 pontos no boletim slaskalsklasklas. Esse capítulo mostrou um pouco da história de Chanessa e respondendo aos comentários, sim, a Vanessa se precipitou, mas tudo tem um por que, e não, não vou falar mais nada sobre isso. Enfim, espero que gostem e comentem.
Xx

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Capitulo 18

-Certo, agora de lado. –Pediu Zac e assim ela fez.
-Acho que já está bom. Vou trocar de roupa. –Disse se levantando e saindo. Ele suspirou. A cada troca, os figurinos iam ficando mais sensuais e ele estava perdendo a cabeça. Suspirou enquanto terminava de beber mais uma garrafa d’água. Era a quinta daquela sessão. Alguns minutos depois, ela voltou. –Ultima troca. É melhor você caprichar. –Sorriu o abraçando por trás. –Está tenso! Algum problema?
-Não, nada. Eu só estou cansado.
-Tudo bem então. –“Excitado é a palavra certa” pensou Vanessa dando um sorrisinho. Depois de alguns minutos e diversas poses sensuais, eles deram a sessão por encerrada. –Agora vamos ver como ficou.
-Eu te envio por e-mail. –Disse ele apressando enquanto guardava suas coisas.
-Não, eu não vou ter tempo depois. É melhor agora e...
-Não Vanessa, eu te envio.
-Mas por que essa pressa? Serão apenas alguns minutinhos e...
-Você quer me enlouquecer, Vanessa? Você quer, não é? Pois saiba que você está conseguindo. Você sabe muito bem o porquê da minha pressa. Podemos ser amigos, mas eu sou homem. Eu não aguento ficar nem mais um minuto perto de você, não vestida desse jeito. Eu preciso ir embora antes que eu faça uma besteira.
-Não, você não por ir agora. Nós ainda temos que conversar sobre o que aconteceu.
-O que aconteceu foi coisa do momento. –E se virou para ir embora.
-Coisa do momento? –O puxou. –Não acho que tenha sido apenas isso.
-Pois foi para mim. Se não foi para você, não posso fazer nada. –Ele disse olhando no fundo dos olhos dela. Depois de suspirar, continuou. –Posso ir agora?
-Vai. –Respondeu ela com os olhos marejados. Assim que ele saiu, ela desabou. Tudo era tão difícil para ela. A culpa era dela que sempre se iludia. Sempre acreditava nos outros. Preferia acreditar no que os outros diziam, em vez de seguir o coração. Seu coração dizia que não era a hora, ainda não. Dizia que ela deveria resolver sua situação com Chace antes de tudo, mas ela preferiu escutar Ashley. Mas a loira não tinha culpa. Falava com tanta certeza. ‘ Chega Vanessa, chega. Pare de se lamentar. Se ele não quer, azar o dele. Tem quem queira. E tem aquele que merece sua atenção mais que tudo. ’ Ela enxugou as lágrimas e foi ao camarim. Trocou de roupa saiu daquele lugar que a deixava depressiva. Entrou no carro e dirigiu até o shopping mais próximo. Precisava fazer compras, precisava da sua ‘terapia’.

[...]

-Oi amor. –Disse Ashley após da um selinho em Scott e sentando-se em seguida.
-Aconteceu alguma coisa? Você parece cansada.
-Problemas da Vanessa.
-Você não devia se meter, depois pode sobrar pra você.
-Eu só estou tentando ajudar, afinal, eu gostaria que alguém fizesse isso por mim caso eu precisasse.
-Você que sabe.
-E você, como foi à noite?
-Cansativa.
-Terminou de gravar?
-Ainda não. Vamos continuar hoje à noite.
-Posso ir com você?
-O que? –Perguntou engasgando-se com o suco.
-Por que esse susto? Algum problema se eu for?
-Não, é que você nunca se interessou em me acompanhar.
-Então, eu posso ir ou não?
-Eu vou vê. A Nicki é muito reservada, não acho que ela vá querer.
-Tudo bem então. –Disse dando um gole no seu suco. –Que confusão é aquela? –Disse erguendo o pescoço pra tentar vê alguma coisa.
-Algum famoso fazendo compras.
-Aquele moletom não me é estranho. Lembrei quem tem um: A Vanessa. Deve ser ela.
-Não são exclusivos, querida.
-Eu sei disso, eu também tenho um desses.
-Não precisa se alterar, eu só quis dizer que pode ser outra pessoa.
-Eu entendi o que você quis dizer. –Se virou para a multidão. –É a Vanessa sim.
-Você passou o dia de ontem quase todo com ela, e a manhã de hoje, quer passar à tarde também?
-Não seria má ideia. Você está muito chato, Scott.
-Eu só te fiz uma pergunta.
-E eu apenas respondi.
-Acho melhor irmos. –Ele disse depois de um tempo.
-Eu vou ficar.
-Tem certeza?
-Algum problema se eu ficar? –Perguntou cruzando os braços.
-Não, eu apenas estou com saudades querida.
-A culpa não é minha se você preferiu trabalhar a noite em vez de ficar comigo. –Disse pegando vinte dólares da bolsa e se levantando.
-Espera, Ashley.
-Eu já esperei demais, Scott. –Disse jogando o dinheiro na mesa e saindo. Compras, era isso que ela precisava fazer. Saiu da lanchonete do shopping quase correndo e só parou depois de esbarrar em alguém. –Ei, preste atenção.
-Você que deveria prestar atenção nas placas. Não pode correr no shopping. –Disse um homem alto com um estilo bad boy.
-Eu não estava correndo.
-Estava fazendo o que então? Esbarrando nas pessoas?
-Idiota. –E se virou. Argh, maldito bad boy alto dos olhos azuis.

[...]

-Vamos, Vanessa. Eu preciso da sua ajuda. –Dizia Miley com um vestido em cada mão. –VANESSA. –Gritou chamando a atenção da morena. –Eu estou falando com você.
-Desculpe, o que foi que você perguntou mesmo?
-Argh. Qual o seu problema? Você está no mundo da lua.
-Você sabe qual o meu problema.
-Eu já te dei a solução.
-E eu já disse que não vou fazer isso.
-Encher a cara não mata ninguém.
-O problema é que também não ajuda em nada. E outra, eu sou fraca para bebidas. Com cinco taças de champanhe eu já estou bêbada.
-Então tome vodca.
-Dois copos e eu já estou falando tudo embaralhado. –Disse se levantando do mine sofá que tinha no quarto de Miley analisando os vestidos. –Qual o evento, mesmo?
-American Music Awards.
-Certo. Você vai performar?
-Vou, mas pensam que é um cover já que ainda não anunciei meu single.
-Esse branquinho é fofo.
-Mas esse laço é muito escandaloso.
-É Marchesa, então cale a boca. –Elas riram.
-Certo, vou com esse então. Quer ouvir a música?
-Pode ser. –Miley pôs a música pra tocar. [...]
-Que tal?
-Eu amei, Miley. Mal posso esperar para ouvir ao vivo. –Disse enxugando uma lágrima.
-Eu sou demais, eu sei. –Sorriu.
-Estou com fome.
-Você vive com fome. –Rolou os olhos.
-Eu esperava um ‘vou fazer um sanduíche pra você’.
-Você tem duas mãos e sabe onde fica a geladeira, não é Floyd? –Perguntou olhando pro cachorro que estava em cima da cama.
-Chata. –Se levantou. –Vai querer alguma coisa?
-Já que você perguntou...
-Foi por educação. Você tem duas mãos e sabe onde fica a geladeira.
-Eu vou pegar você. –Disse antes de começar a correr.




-----X-----

Capítulo entregue. Espero que não fiquem zangadas comigo. Ainda não está no tempo de Zanessa acontecer nessa fic, mas calma que uma hora chega. Vanessa ainda tem que passar por algumas coisas antes de ficar com o Zac e vice-versa. Enfim, espero que gostem desse capitulo. Obrigado a quem comentou.
Xx