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domingo, 4 de maio de 2014

Capítulo 33

-Não.
-Sim.
-Não.
-Sim.
-Não.
-Sim.
-Chace, eu já disse que não. –Vanessa bufou e se levantou da cama. –Mas que droga.
-Você é minha esposa e o seu dever é me satisfazer.
-Não, Chace. O meu dever de esposa é te amar na saúde e na doença, na tristeza e na pobreza, até que a morte nos separe. Foi isso que eu prometi nos meus votos e não "transar sempre que você pedir". Eu não sou uma boneca, eu sou humana e tenho sentimentos e vontades e no momento eu não quero; não quero que você me toque e nem que fale comigo. Se possível não me olhe, mas nisso eu não posso mandar, mas no que diz respeito ao meu corpo, sim. O que eu quero fazer com o meu corpo é deitá-lo nessa cama e dormir até amanhã; acordar as sete para tomar café e depois ir malhar.
-Eu não devia ter acreditado em você. Você disse que faria o que eu quisesse, mas não. Agora que conseguiu o que queria está batendo o pé e querendo expor as suas vontades.
-Um momento. Foi você quem começou com suas acusações sem fundamentos.
-Mas você quem começou com uma obsessão por fofoca através de tecnologia.
-Não era fofoca. Fofoca é quando você fala da vida dos outros e a própria Selena estava contando o que aconteceu com ela.
-Mas não era a Miley?
-A Miley só reencontrou o Justin, um modelo com quem ela já namorou há algum tempo, somente isso. Já a Selena... Isso não é da sua conta e não mude de assunto.
-Quem mudou de assunto foi você.
-Chace, não acaba com a paciência que eu já não tenho. Eu vou me deitar e você fique bem longe do meu corpo. –Disse voltando para a cama.
-Um belo modo de passar o nosso aniversário.
-O nosso aniversário foi ontem.
-Nós não transamos então pra mim ainda é o nosso aniversário.
-Então o nosso aniversário vai durar diversos dias, por que não vai acontecer. –Disse cobrindo-se até a cabeça.
-O que é que você quer, afinal? Eu já pedi desculpas e assumi meu erro, mas você insiste em ficar zangada comigo.
-Eu tenho os meus motivos.
-Eu mal encostei em você desde que chegamos e você quer que eu controle a minha testosterona. Quais são os motivos que você tem para ficar zangada e eu não?
-Você pensa que é fácil esquecer? Acha que é só pedir desculpas que já está tudo resolvido? Você duvidou da minha palavra e...
-Pode parar. Porque você está agindo como se estivesse na TPM? Sua menstruação é somente no final do mês e já estamos no dia quatro. –Ela ficou calada. –Tem a ver com o fato de nós não usarmos camisinha, certo? –O silencio se prolongou. –Vanessa...
-Não, não fala nada. Eu fiz isso por que eu quis. A "culpa" não é sua.
-Se eu soubesse que você estava tão sensível...
-É esse o seu problema. Se você soubesse você evitaria fazer as coisas, se prenderia e não é isso o que eu quero. Eu quero que você haja como você quer agir e não como "deve" agir para não ferir meus sentimentos ou atrapalhar a nossa noite. Você pensa muito antes de agir, Chace, e esse é um dos seus defeitos que eu mais detesto. Você é muito calculista e controlado.
-Por que eu quero que tudo saia perfeitamente.
-E o que tem de bom na perfeição? A perfeição é chata e sem graça. Uma briguinha de vez em quando não faz mal, por que não há nada melhor do que sexo de reconciliação.
-Então porque diabos estamos tendo essa conversa em vez de estarmos nos reconciliando?
-Por que eu quero que nos acertemos de uma vez por todas. Não quero ficar nessa de mais ou menos com você, pois por qualquer motivo nós vamos estar discutindo novamente.
-Vanessa, aqui não é lugar e nem é hora para uma conversa séria.
-E qual o lugar?
-A nossa casa.
-L.A.?
-Eu disse "casa" e não "AP". Quis dizer Índia. Nosso lar.
-Chace...
-É o nosso lar.
-E a hora? –Perguntou depois de suspirar.
-De manhã depois do café, pois estaremos com os pensamentos neutros.
-Precisamos ter essa conversa logo, Chace, até por que eu ainda não decidi se nós vamos voltar para a Índia, bom, pelo menos se eu vou voltar.
-Como assim, Vanessa? –Disse desembrulhando ela que suspirou.
-Eu tenho o meu trabalho e minha carreira aqui. É algo que eu gosto de fazer e espero que isso me leve ao meu verdadeiro sonho, ser fotógrafa. Enquanto a fotografação não obter o seu real valor, eu vou levando como hobby.
-Você não quer voltar para a Índia comigo?
-Eu não sei bem, na verdade. Eu aprendi a amar aquela nação, mas agora que eu voltei para o meu país eu fiquei confusa. Eu não me vejo morando lá novamente. Passando as férias sim, mas morar?
-Você só está a três meses aqui e já está toda mudada. É por isso que eu não queria que você voltasse. Eu tenho a minha empresa lá, Vanessa.
-E a filial?
-Eu ainda não tenho certeza se vou montar uma filial aqui e mesmo assim, a sede é lá e eu vou precisar passar grande parte do tempo lá, ainda mais se eu trazer uma filial para cá.
-Você disse que ia pensar.
-Sim, mas não é fácil assim. Não é de uma hora pra outra que as filiais são feitas. Preciso de planejamentos e de novos funcionários. Preciso saber se vai valer a pena ou se só terei prejuízos. É algo muito complexo.
-Mas eu quero que o nosso filho seja americano.
-Bem lembrado. Porque você não me disse que planejava engravidar, mesmo? Fiz papel de idiota na frente dos seus amigos.
-Eu já expliquei que é por que eu não quero que você tenha mais preocupações.
-Mas o filho será meu também, é lógico que eu tenho que planejar com você. Tenho que obter lucros para a casa nova, para a escola, para a faculdade, para os gastos com a saúde...
-Você já tem dinheiro de sobra, Chace. Não tem que ficar juntando nada.
-O petróleo está em alta hoje, Vanessa, mas ninguém sabe o dia de amanhã. A cada dia que passa, novas empresas perolíferas surgem e dependendo da qualidade do petróleo, o preço diminui ou aumenta alguns euros. Por culpa dessa instabilidade que eu investi na bolsa, que não é algo muito instável, e investi na mineração, que também não é instável, mas isso é resultado da sua própria produção e da qualidade. Eu sei que investi em coisas perigosas e que posso quebrar a qualquer momento, mas até agora estou com sorte e quase não tive prejuízos.
-Eu não quero ter filho agora, só daqui há alguns anos, e outra, eu tenho o meu trabalho. Não precisa você se preocupar com essas coisas.
-Mas do mesmo jeito que eu posso quebrar, você pode perder o seus minutos de fama.
-É por isso que eu quero me instabilizar primeiro para depois planejar isso. Só que para ganhar instabilidade eu preciso ficar em território americano e trabalhar. Posso ir te visitar quando der.
-Ou seja, nunca.
-Falando assim da a entender que o que eu sinto por você é tão superficial que eu não me esforçaria para ficar sempre com você.
-O que você quer não é suficiente. Eu quero mais, Vanessa. Preciso de mais. Preciso vê você todos os dias e não uma vez há cada dois meses.
-Você vai te que trazer logo essa filial pra cá por que eu não quero voltar. Ou isso ou...
-Nos separamos? –Ela engoliu em seco. –É isso o que você quer dizer? Você sabe muito bem que eu não vou te dar o divórcio.
-Eu ia dizer "ou temos um problema". As vezes você radicaliza demais.
-Pois foi o que deu a entender.
-Pois não é o que eu ia falar. Você realmente não tem noção do que eu sinto por você.
-Você quase não demonstra, como que eu vou saber?
-Como? Eu não demonstro? Você está brincando comigo, certo? Eu faço de tudo para te agradar e...
-Muito que você me agrada quando prefere cuidar dos seus amigos bêbados.
-Quantas vezes eu já não fiz isso com você? –Ela perguntou tentando controlar as lágrimas. Chace as vezes era tão duro. Por culpa de uma coisinha de nada se esquecia das coisas que ela fazia por ele.
-É diferente por que eu sou o seu marido, e outra, você raramente ficava comigo quando eu estava bêbado. Sempre preferiu me deixar trancado do lado de fora do quarto. Cheguei até a pensar em não voltar para casa.
-Faça isso e aí sim você vai vê os papéis do divórcio.
-Ah, mas claro. Você pode encher a cara e ficar fora do quarto até as quatro e meia da manhã alegando estar cuidando de um bêbado tarado enquanto eu fico aqui olhando pro teto.
-Eu tinha que fazer isso. Prometi à ele e você sabe que eu cumpro o que prometo.
-Será? Não está me amando na alegria e na tristeza.
-Não estou triste e nem alegre; estou zangada e magoada e você não entende e nem faz questão de entender.
-Se eu não fizesse questão de entender nós não estaríamos tendo essa conversa.
-Se você não quer conversa não tem problema, vire para o outro lado e durma, mas não venha querer saber de sexo depois.
-Vanessa, você está testando os meus limites. Eu tenho vinte e cinco anos e você quer por que quer que eu me segure. Porque você acha que eu me casei? Não gosto de ficar passando necessidades como também não gosto de ficar pulando de "galho em galho" com qualquer uma, mas você está praticamente me obrigando a procurar fora o que não encontro em casa.
-Me traia para você vê. Vai ser a última vez que você me vê na sua frente, pode ter certeza. Isso se eu não matar você e eu falo sério.
-Você não entende o que eu estou passando. Você não sente falta? Seja sincera.
-Sim, eu sinto, mas sei me segurar.
-Não, não tem nada a ver com "saber se segurar" e sim com a ligação que os seus sentimentos e seu hormônios tem.
-O que importa é que eu não quero ter relações com você até nos entendermos.
-Mas nós não vamos nos entender até a minha tensão passar e ela só passa de um modo.
-Sinto muito, mas você vai ficar tenso pelo resto da vida se depender de mim.
-Mas que droga, Vanessa. –Disse se levantando e vestindo a camisa.
-Para onde você vai?
-Você realmente quer saber?
-Se estou perguntando é por que eu quero.
-Vou dar uma volta.
-Chace, são cinco horas da manhã.
-Estamos em Las Vegas, Vanessa. A cidade que nunca dorme. Se quiser me esperar, me espere, mas aconselho não fazer isso. –Disse saindo.
-Argh! Maldita viajem.


[...]

-E ele saiu? –Ashley perguntou quase gritando.
-Saiu e até agora nada. –V disse escolhendo as uvas. Pegou apenas quatro já que estava sem fome.
-Só se passaram duas horas. –Selena tentou animá-la.
-Estamos em Las Vegas. Duas horas é uma vida. –Miley disse recebendo olhares repreensivos. –O que? É a verdade. Não vamos ficar iludindo ela dizendo "não tem nada demais" por que tem sim. Vegas é Vegas. Coisas muito bizarras acontecem por aqui.
-Sim, nós sabemos, mas não temos que deixar a situação pior do que já está. –Ashley disse.
-Por favor, baby. Não podemos mentir dizendo "tem uma igreja em cada esquina, Vanessa, fique tranquila por que ele deve estar em alguma" sendo que todo mundo sabe que o que tem em cada esquina daqui é uma prostituta barata e gostosa. As prostitutas feias estão nos subúrbios das cidades grandes, mas as mais belas estão em Vegas.
-Chega, Miley. Você não está ajudando.
-É melhor prepará-la para o pior.
-Miley!
-Argh. Se querem iludi-la, vão em frente, mas depois não venham com "ela descobriu tal coisa e quer se matar" por que eu vou bater é em vocês e não nele.
-Eu não acho que haverá motivos para bater em ninguém. –Alex disse com um saco de gelo na cabeça e elas olharam espantadas. Não tinham certeza se ele estava prestando atenção há conversa. –Chace pode ser o que for, mas não acho que ele seria capaz de trair a Vanessa.
-Mas ele saiu quando o assunto era sexo!
-Exatamente por isso. Ela negava cada vez mais esse ato maravilhoso que deixam os homens se sentindo no céu e isso o deixou cada vez mais tenso. Se ele saiu, foi para esfriar a cabeça para não abusar dela. Vocês não sabem como é exitante quando uma mulher tão feminina quanto a Vanessa fala abertamente de sexo e se nega a fazê-lo com todas as letras. Você está reclamando de "barriga cheia" Vanessa. –Disse olhando pra ela. –Não sabe a sorte que tem por ele ter saído. Você poderia estar em estado de choque agora ou em uma delegacia denunciando estupro.
-Ele não seria capaz. –Vanessa disse negando com a cabeça.
-Então agradeça e pare de pensar o pior e de espalhar por aí. Não tem nada que o homem odeie mais do que ter uma mulher que espalhe a vida pessoal deles dois.
-Elas são minhas amigas e eu estou desabafando.
-Procure um padre para desabafar. Estou te dando um conselho de amigo.
-Conselho de louco. –Miley disse.
-Conselho de homem.
-Certo, certo. Se ele não foi "afogar o ganso", aonde ele foi então?
-Eu tenho uma ideia, mas não vou te falar, Miley. Se a Vanessa quiser, eu digo há ela, mas somente há ela. O marido é dela e não de vocês.
-Você não tem uma ideia. –Ashley disse boquiaberta. –Você sabe aonde ele foi.


-Conte. –Ela insistiu.
-Não; só conto para Vanessa.
-Seu chato!
-Eu vou gostar? –Vanessa perguntou apreensiva.
-Depende do ponto de vista.
-Eu não sei se quero saber.
-Vamos dar uma volta. –Disse se levantado enquanto deixava a bolsa de gelo de lado e ela o seguiu. –Não conte há ninguém.
-Certo, certo. Aonde ele foi?
-Acredito que foi assim que ele deixou a suíte de vocês. Ele apareceu na minha porta e como eu estava querendo dormir, mandei-o ir até o quarto ao lado, ou seja, o do Zac. Antes de descer para o café da manhã eu fui procurar o Zac, mas não o encontrei. Suponho que os dois tenham saído.
-Mas desde as cinco da manhã? O que dois inimigos mortais estariam fazendo desde as cinco da manhã em Vegas?
-Chace pode até odiar o Zac, mas ele tem que aceitar que ninguém te conhece melhor do que o Z. Vai por mim, não deve estar acontecendo nada de mais.
-Você não está entendendo. –Olhou em volta pra vê se ninguém os ouvia. Ontem eu beijei o Zac.
-Você o que? –Quase gritou.
-Shiiiiiu. Foi isso mesmo que você ouviu. Eu estava bêbada.
-Bêbada, sei.
-Ok, eu estava mais sóbria do que bêbada, mas mesmo assim.
-O Chace viu?
-Não.
-Então não precisa se preocupar. Não vai ser o Zac que vai contar. Ele não é suicida.
-Mas o que eles tanto conversam, então?
-Sobre você e a sua mania chata de querer conversar as cinco da manhã. Só tem duas coisas que fazemos de madrugada e nenhuma delas é conversar.
-Mas...
-Chace deve estar querendo te entender. Enquanto eu bebia ontem, vi que ele tentava conversar com você e você se esquivava.
-Então você se lembra de ontem?
-Mais ou menos. Ainda não decidi o que é a realidade e a fantasia, mas não mude de assunto. Você que provocou isso. Porque não quer fazer as pazes com ele?
-Eu quero fazer as pazes.
-Não quer não.
-Eu quero sim, mas não sei bem quando. Algo me diz que o Chace está aprontando algo.
-Só por que ele te deu um bracelete que vale mais do que a minha casa?
-Que bracelete?
-Você não viu o presente, não foi?
-O da sacola da Chanel? –Ele acenou com a cabeça. –Não, nem tive cabeça pra isso.
-Você é muito boba. É por isso que estão brigando tanto. Ele acha que você viu, por que toda a mulher normal logo quer saber o que ganhou da Chanel. Ele deve achar que você não gostou ou algo do tipo.
-Mas eu nem vi.
-E quem disse que ele sabe disso?
-E como é que você sabe disso?
-Encontrei ele na loja.
-Foi comprar para a sua mulher misteriosa?
-Não, para a Miley. O aniversário dela passou e ela disse que só perdoaria o meu esquecimento se eu comprasse um novo lançamento da Chanel. Valeram os meus dois olhos e um rim inteiro.
-O que você comprou?
-Alguns brincos e colares, mas não mude de assunto. Porque você não viu o que o seu marido comprou?
-Quando ele me deu, eu estava ocupada e disse que depois via. A Miley me ligou dizendo que era para irmos mais cedo e eu acabei esquecendo. Nem vi onde foi que ele colocou a sacola, na verdade.
-Você deveria ter visto e agradecido. Quando um homem presenteia uma mulher, ele quer um reconhecimento. Quer saber se ela gostou ou não. Eu não estou brincando quando digo que foi mais caro que a minha casa. É um bracelete com vários diamantes. Se ele me desse um, eu casava com ele.
-Não seja interesseiro.
-Você só está falando isso por que ainda não viu o bracelete.
-Se você gostou tanto assim eu te dou ele. –Disse revirando os olhos.
-Nunca mais repita isso. Como você é ingrata, Vanessa. Você não sabe a sorte que nem por ter um marido como o Chace.
-Alex, você está muito gay. Chega, né?
-Estou sendo realista, baby. Você tem o marido que muitas mulheres gostariam de ter.
-Ele nem é essas coisas. Ele só me presenteia quando apronta uma.
-Ele já levantou a mão pra você?
-Nunca.
-Então agradeça de joelhos por isso. Ele só é ciumento, mas isso acontece por que você é bonita.
-Ok, chega. Eu vou ligar pro Zac e perguntar onde eles estão
-De modo algum. Você quer outra briga? Se quiser saber onde o seu marido está, ligue para ele.
-Para que? Para ele dizer que eu o sufoco?
-Então espere. Eles devem estar para chegar.
-Como você pode ter tanta certeza?
-Estamos falando de dois homens que gostam da mesma garota e que comem feito dois leões. Seu marido é metido a playboy, então eu duvido que ele vá tomar café em outro lugar que não seja esse hotel.
-O Zac também é meio fresquinho as vezes.
-As vezes e eu duvido que ele vá se arriscar a tomar café em algum bar desconhecido de Vegas. Falta pouco para eles chegarem. –Disse olhando o relógio de pulso. –Vá se preparando para a parte 2 da conversa.
-Não vou conversar. Vou para a academia.
-Não, Vanessa. Primeiro cuide da sua relação e depois pense no seu corpo, além do mais, do que adianta você ter um corpaço e não ter marido?
-Ok, Alex. Are. As vezes você é pior do que a minha mãe.
-Boa garota. –Disse a abraçando antes de voltarem para a mesa.
-E ai, já terminaram de fofocar? –Miley perguntou irônica enquanto Vanessa pegava três morangos. –Ei, aonde você vai?
-Vou malhar. –A morena respondeu.
-Vanessa, o que acabamos de conversar? –Alex perguntou chocado.
-Antes que eles cheguem, ué. Tenho que queimar logo as calorias das bebidas antes que seja tarde demais. É melhor ter um marido e um corpaço como você disse do que não ter nenhum dos dois. –Disse indo até o elevador.
-Ela é louca?
-Você ainda não viu nada. –Ashley disse sorrindo.

[...]

-Alex, você é um mentiroso. –Vanessa disse se aproximando dele.
-O que você está fazendo aqui? Deveria estar esperando no quarto.
-Eu já esperei tempo suficiente e ele ainda não voltou. –Disse se sentando na cadeira de praia que tinha na beirada da piscina do hotel. –Nenhum deles voltou.
-Espere mais um pouco.
-Já é quase a hora do almoço. Não vou ficar presa no quarto esperando sabe se lá quanto tempo. Vou aproveitar o meu fim de semana. –Disse tirando o vestido rendado, ficando somente de biquíni.
-Tem paparazzi por aqui. Você tem certeza? –Perguntou sobre a roupa dela.
-Sim, tenho. Já posei de lingerie; não vão ver nada que eu já não tenha mostrado antes.
-Você quem sabe. –Disse vendo Miley se aproximar.
-Essa água está perfeita, do jeitinho que eu gosto. –Disse saindo da piscina. –Você vem, V?
-Não sei. Tem cloro?
-Não. Você acharia mesmo que eu estragaria meu aplique novíssimo com cloro? Não, obrigado. Já basta o clima seco daqui.
-Não sei pra que esse aplique. Você fica melhor sem.
-Para a minha tour, minha querida. Minhas músicas exigem "bate cabelo". –Disse fazendo os amigos rirem.
-Vanessaaaaaa! –Ashley chegou gritando juntamente com Demi e Selena.
-O que foiiiiii? –Disse antes de gargalhar.
-Adivinha quem chegou perguntando por você?
-Bem que eu disse. –Alex comentou alto dando um gole no suco de laranja da morena.
-Quem, Ashley? –Vanessa disse ignorando o comentário.
-O gato do seu marido e o Zac também.
-Ahn.
-Ahn nada, mocinha. Vá atrás dele e resolva a situação de vocês.
-Depois eu vou.
-Vá agora.
-Eu acabei de chegar.
-Nem deveria ter vindo. Acredito que ele odiaria ver você assim toda despida.
-Ashley!
-É a verdade. Ele vai ficar muito fulo.
-Depois eu vou. –Repetiu procurando o protetor solar. –Alguém se incomoda?
-Eu vou fazer você engolir esse frasco. Você realmente não está dando chance para ele. Se quer tanto ficar brigada, peça logo o divórcio.
-Ashley, não fala besteira.
-Então não faça besteira. Venha, ele está te esperando no saguão.
-Sinto muito, mas eu não vou agora. Passei a manhã na academia e quero um pouco de descanso antes do almoço.
-Mas que droga, Vanessa. Eu querendo um relacionamento e você destruindo o seu.
-Ashley, por favor.
-Certo, certo. Mas depois não venha chorar no meu ombro.
-Putz! –Miley disse se virando rapidamente.
-O que foi?
-O marido gatíssimo e zangadíssimo está vindo para cá.
-Será que ele pegou sol? Está tão vermelho. –Demi disse.
-Pegou sol só na face? Duvido. Aquilo ali é o sangue fervendo mesmo. –Miley disse. –Foi um prazer te conhecer Vanessa. –Abraçou-a e voltou a pular na piscina.
-Nem é dramática. –Vanessa disse revirando os olhos.
-Vanessa Crawford! –Chace disse assim que parou na frente dela.
-O que? Já voltou do seu passeio noturno? Foi tão rápido que eu nem reparei.
-Vanessa. –Alex olhou para ela com os olhos arregalados.
-Vamos para a suíte.
-Vá você. Eu acabei de chegar aqui e nem dei um mergulho ainda.
-E nem vai dar. Vamos.
-Você passa a madrugada na rua e acha que tem moral para exigir algo? Me poupe, Chace. Eu já disse: Se quiser ir, vá, mas eu fico. –Ele passou as mãos no cabelo nervoso.
-Vá. –Alex sussurrou.
-Não.
-Essa é a maior idiotice da sua vida. Vá logo.
-Eu vou da um mergulho. –Disse se levantando zangada. Odiava que tentassem mandar nela. Pulou na piscina e depois de alguns segundos, voltou a superfície. Nadou até a outra extremidade onde estava Miley.
-Sua louca. Vá cuidar do seu casamento.
-Depois.
-Vanessa!
-Você não sabe como é se relacionar com alguém mais velho, alguém que pensa diferente de você.
-Eu sei sim senhora. O Justin tinha vinte anos na época e eu dezesseis. A diferença se torna gritante se comparada a sua e a de Chace, mas eu soube contornar a situação.
-Você gostava dele?
-Acho que eu gostava mais da ideia de estar com alguém mais velho do que com ele, mas sim, eu gostava dele e ainda gosto. Somos amigos, sabe? Não da pra apagar os momentos que tivemos.
-Entendo, mas é diferente. Sua família apoiava.
-E a sua não apoia?
-Meus pais nunca foram de se meter na minha vida. Eles davam a opinião deles sobre as minhas escolhas, mas nunca me proibiram de fazer algo. Sempre tive muita liberdade para fazer o que queria.
-Mas então porque você se preocupa tanto com a opinião dos pais de Chace?
-Por que ele se importa, eu sei que sim. Ele finge que não liga para não me magoar, mas ele sempre levou a sério a opinião da mãe dele.
-Mas se ele deixou de lado é por que realmente ama você.
-Miley...
-Eu sei que você e o Zac ainda tem algumas borboletas no estômago quando se veem, mas isso é algo que você ignora pelo respeito e afeto que tem por seu marido. Foque-se apenas no que você sente pelo Chace e depois ponha na balança o que te incomoda em relação há ele e converse com ele sobre isso. É o melhor que você faz.
-Eu vou tentar.
-Mas é pra tentar de verdade.
-Eu preciso pensar antes.
-Não teve tempo suficiente durante essa madrugada?
-Não, por que eu estava pensando no pior.
-Diz pra ele que precisa de um tempo para se reorganizar e que depois vocês conversam. Depois do almoço, pode ser?
-Talvez.
-Talvez nada. Aproveite a beleza do dia e a maravilha que está essa água para ficar neutra novamente. Depois vocês conversam. Se quiser, eu mesma falo com ele sobre você precisar de mais tempo.
-Obrigada. –A abraçou.
-Certo, chega de melosidade. Vou deixar você sozinha por um tempo. Na hora do almoço eu te chamo. –Disse saindo da piscina e indo até Chace.

[...]

-Vanessa, abre a porta! –Uma voz grave ordenou.
-Quem é?
-Papai noel. Ho-Ho-Ho!
-O que você quer, Alex? –Ela perguntou revirando os olhos.
-Que você abra a porta.
-O que você quer de verdade?
-Que você deixe de agir como uma garotinha mimada. –Ela abriu a porta. –Cadê o seu marido?
-Não faço a mínima ideia. Acabei de subir.
-Ah...
-Ah o que?
-Nada, tchau. –Disse fechando a porta. Ela estranhou e se encaminhou ao quarto. Abriu a porta e ficou paralisada.
-O que você...?
-Esse quarto também é meu. –Chace respondeu.
-Eu achava que você estava lá em baixo.
-Subi a pouco tempo.
-Ham.
-Já pensou?
-Ainda não.
-Certo. –Disse voltando a sua atenção para a mala. –Você viu a minha camisa vermelha?
-Está no fundo da mala.
-Obrigado.
-Eu acho que vou tomar um banho. –Disse indo até o banheiro da suíte e se trancou lá dentro.
-Você me ofende desse jeito, Vanessa! –Ele disse e ela sabia que ele se referia ao fato dela ter trancado a porta.

Respirou fundo e ligou as torneiras da banheira. Esperou que a água estivesse na metade e as fechou novamente. Tirou o biquíni e começou a tomar banho. Pensou no que Miley tinha dito, no que Alex tinha dito, no que Ashley tinha dito e no que Chace tinha dito. Eles tinham razão. Ela estava com raiva dele por que queria estar. Tinha motivos? Sim, tinha, mas ele já tinha se desculpado. Mas será que as desculpas eram suficientes? E os motivos dela, será que eram o suficientes para deixá-la tão zangada? Ela realmente tinha uma parcela de culpa por Chace ter pensado daquela forma. Ela falava sem pensar e isso era um dos defeitos dela. Suspirou e afundou na banheira. Sabia que tinha que decidir logo o que faria. Eles não podiam ficar nesse clima, ainda mais com o aniversário da consumação do casamento chegando e o próprio aniversário dela. Tantas coisas para resolver em tão pouco tempo.

"Certo, é isso o que eu vou fazer. É isso o que eu disse que ia fazer" decidiu consigo mesma e terminou o banho o mais rápido possível. Abriu a porta procurando o marido, mas ele já tinha descido e lembrou-se que ele tinha dito algo sobre uma reunião de negócios há alguns dias atrás. Será que ele tinha transferido a reunião para Vegas? Vestiu o primeiro vestido que encontrou e calçou as sandálias que tinha usado naquela mesma manhã. Deixou o cabelo solto para secar mais rápido e passou o perfume dele que estava em cima da cômoda. A cômoda! Encontrou atrás do espelho a sacola com o slogan da Chanel que tinha visto na noite passada. Abriu o porta joia e quase caiu para trás. O bracelete era exatamente como Alex tinha descrito. Totalmente cravejado de diamantes. Ele era muito formal, mas ela decidiu usá-lo mesmo assim. Procurou a aliança e o porta aliança e usou-os também. Pegou o celular e saiu em direção ao elevador. Como não tinha certeza de onde o marido poderia estar, decidiu ir até o saguão para perguntar. Conversou com o recepcionista simpático e voltou para o elevador seguindo as instruções dele até o terraço.

As portas de aço se abriram e ela logo se arrependeu por não ter se produzido melhor, mas agradeceu por estar com as joias. Caminhou a procura de rostos conhecidos. Encontrou os amigos em uma das mesas que ficavam no centro e achou o marido na outra extremidade do local. Ele não estava nem formal e nem informal. Estava sport fino. Chace estava acompanhado por mais cinco senhores com o mesmo estilo e duas jovens moças muito elegantes. Corava mais a cada passo que dava em direção há eles. Sentia-se tão mal arrumada. "A sua roupa também é de grife, Vanessa, pare de corar!' seu inconsciente ordenava, mas seu rosto não obedecia. Ele a viu se aproximando e pareceu paralisar por alguns segundos. Se levantou assim que ela parou ao seu lado.

-Oi. –V disse lhe dando um beijo, o que o surpreendeu. –Não te encontrei no quarto e fiquei preocupada. Espero não estar atrapalhando. –Olhou para os senhores que a encaravam-na.
-Não, não atrapalha. Estávamos apenas falando sobre o menu. –Disse puxando uma cadeira para ela se sentar.
-Obrigada.
-Senhores, essa é a minha esposa, Vanessa Crawford.
-É um prazer. –Ela disse e eles logo responderam.
-Pensei que iria almoçar com os seus amigos.
-E eu pensei que você ia ficar no quarto. –Ela retrucou docemente.
-Estamos quites. –Disse beijando a mão dela. –Pelo visto você gostou do presente. –Se referiu ao bracelete.
-Não é tão feito assim.
-Mas em comparação, esse seu vestido...
-É Marc Jacob e é lindo.
-Não é não.
-É da coleção de primavera.
-Continua sendo ridículo.
-Ridículo é o preço dele. Os olhos da cara.
-Você não gastou o meu dinheiro nisso, certo?
-Nem o seu e nem o meu. A Miley me deu de presente.
-Ah, já entendi. Ela odiou e te deu.
-Não, ela amou. Ela gosta dessas coisas hippies e tudo mas, só que não coube nela.
-Muito grande?
-Muito pequeno.
-Entendi. Você e essas suas amigas de mal gosto. –Disse revirando os olhos.
-Engraçadinho.
-Você está linda. –Sussurrou no ouvido dela.
-Estou me sentindo deslocada. –Confessou.
-Essas magricelas aqui que estão mal vestidas. Em plena luz do meio dia e estão de scarpin.
-Se você diz. –Falou roubando o suco dele.
-Já está de bem comigo?
-Defina o "bem".
-Bem: Me deixar te beijar e abraçar e fazer outras coisinhas mais.
-Estamos mais ou menos. Precisamos terminar a nossa conversa.
-Mas...?
-Mas estamos num ótimo caminho.
-Ótimo. –Disse roubando um beijo dela antes de voltar a sua atenção para os sócios, deixando-a deslumbrada com suas ideias.


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Está aí mais um capítulo, girls. Espero que gostem. Eu já disse antes e torno a repetir: Chace tem que sair da história antes de acontecer Zanessa e acreditem: vai acontecer mais rápido do que vocês imaginam. Obrigada a quem comentou e a quem esperou. Este capítulo foi bem tenso para Chanessa, mas ainda tem muitas mais águas turbulentas para rolar entre esse casal. Esperem que valerá a pena. Como será que terminará essa conversa? Deem seus palpites!
Enjoy.
Xx

7 comentários:

  1. Vanessa fazendo cu doce, mas n caga uma jujuba kkkk..thais, já to cansada d chanessa -.-, para de palhaçada kkk..ei, quando tu botou "me poupe" lembrei de uma pessoa e vc sabe quem é. Xau kenga <3 <3 QUERO ZANESSA

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  2. Ainda n to acreditando q eu consegui comentar pl cel kkk Xau

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  3. Nossa! Que briga hein. Mas confesso que estava gostando, pensei até
    que eles iam terminar. também quero que o Zac e a Vanessa fiquem logo.
    eu amei o capitulo, está incrível.

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  4. concordo com as meninas,kkk
    quero Zanessa de volta,acho que já tá bom de Chanessa não????
    adorei o capítulo,posta mais,kisses

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  5. Eu amei o capítulo.
    Eu pensei que a Vanessa não fosse perdoar o Chace. Acho os dois bem fofos.
    Amei o capítulo
    Posta logo
    Bjos

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  6. Querendo ou não da pra perceber que a Vane gosta mtto do Chace , capítulo perfeito posta logo

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  7. Você parou com o blog? ;( ;(

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